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Opinião

Vamos a isto… a caminho do Dragão!!!

Por Tito Arantes Fontes
25 Fev, 2021

(...) queremos, ainda assim, um jogo sério no Dragão! Queremos um jogo bem apitado! Não queremos interferências da arbitragem nem no jogo, nem no resultado! Estaremos atentos!

Está concluída a 20.ª jornada do Campeonato Nacional. Mais uma vitória segura, tranquila e autoritária do Sporting CP! Golos de Feddal, depois de assistência de Coates (os nossos centrais são mesmo “mortíferos”!), e de Nuno Santos, a aproveitar um erro da defensiva portimonense provocado pela pressão que o SCP faz no campo todo. No dia seguinte assistimos a mais um triste jogo dos nossos rivais da Segunda Circular… que tanto “truplicaram” que “arrasados” ficaram com o empate em Faro! A disputa com o Paços pelo quinto lugar promete, pois o SC Braga fugiu… ganhou e consolidou, assim, o seu terceiro lugar. Ficou para último lugar o jogo do FCP no Funchal. Foi mais um espectáculo deprimente… com uma arbitragem que prejudicou o futebol, porque atentou contra a Verdade Desportiva! Corona devia ter visto quinto cartão amarelo… não viu! Manafá devia ter sido expulso por bárbara agressão a jogador do CS Marítimo… não foi! O CS Marítimo marcou o golo da igualdade… o seu marcador estava um metro em jogo… pois, ainda assim, foi preciso o VAR para ver o que o fiscal de linha e o árbitro não viram… que o marcador não estava fora‑de‑jogo, como quiseram fazer crer ao – mal! – anularem inicialmente o golo! O VAR corrigiu! Para o fim, nos “descontos”, estava reservado o “prato forte”… o tal penálti para o FCP que nunca falha… desta vez como resultado de uma falta de um tal Rúben Macedo, jogador formado no FCP, portista ferrenho… que “involuntariamente” fez o que não era preciso, ou seja carregou o filho do Sérgio Conceição (o miúdo é mesmo um prodígio… “recordista mundial” de penáltis… em pouco mais de 30 minutos de jogo neste campeonato já tem à sua conta dois penáltis!)! Pareceu mesmo um “lance de encomenda”… mas foi só mesmo uma “parecença”… só faltou foi a “lágrima” no final…

Real, real nesse jogo foi o benefício escandaloso do FCP de modo a evitar que o fosso pontual para o SCP aumentasse… para 12 ou 13 pontos (como no último quarto de hora ainda esteve quase para acontecer!)… assim, com essa “injusta” vitória, o FCP manteve dez pontos de diferença para o SCP! E tenta agora arregimentar todo um “clima folclórico” de que o jogo no Dragão é o jogo do título! E sim, até é... para eles, FCP, até é… e por isso tudo fizeram, tudo moveram para jogarem completos contra o SCP! Uribe por uma “cabeçada” com o SC Braga levou… um jogo de suspensão! Em qualquer país que se preze teria sido sancionado no mínimo com três jogos… e não jogaria contra o SCP! Corona devia ter visto o quinto amarelo neste último jogo… e deveria cumprir o seu jogo de suspensão contra o SCP! Manafá agrediu um jogador adversário também neste último jogo… a expulsão que deveria ter sofrido impedi‑lo‑ia de jogar contra o SCP! Só aqui, assim de rajada, estão três jogadores que vão jogar… e não deveriam! É o famigerado “sistema” na sua plenitude!

Dito isto, o SCP vai ao Dragão com uma grande equipa, como já nos demonstrou nesta época! Esta mescla de juventude e experiência merece – sem qualquer dúvida – toda a nossa fé! Desde logo porque é treinada, preparada, trabalhada pelo nosso Rúben Amorim! Temos – como sabemos – uma equipa madura, séria, corajosa! E com confiança! Vamos com arreganho, com garra mostrar a esta gente que somos SCP! Vamos apresentar‑lhes a melhor defesa do campeonato! Com menos de metade dos golos sofridos que o FCP (dez contra 22!)! Vamos apresentar‑lhes – se se descontarem os golos de penálti – o melhor ataque da prova! Vamos apresentar‑lhes o nosso melhor futebol! Certo é que esta época já vencemos este mesmo FCP! Na meia‑final da Taça da Liga… com uns dez minutos finais – em que virámos o resultado! – verdadeiramente empolgantes do nosso SCP! E dois golos da nossa “arma secreta”… Jovane de seu nome! E certo é que na primeira volta, em Alvalade, só não ganhámos porque o inefável Luís Godinho nos “roubou”… na expulsão do Zaidu por agressão ao Porro, na reversão do penálti do mesmo Zaidu sobre o Pote, no perdão de mais essa expulsão do Zaidu… etc., etc… foi demais!

E sim, sabemos que vamos jogar contra a equipa que – apesar de tanto “chorar”, de tanto “clamar”, de tanto hipócrita “basta” – tem quase o triplo dos penáltis que o SCP já teve nesta época… o triplo! E tem menos de metade dos cartões amarelos com que o SCP já foi mimoseado nesta temporada!

Com tudo isto… queremos, ainda assim, um jogo sério no Dragão! Queremos um jogo bem apitado! Não queremos interferências da arbitragem nem no jogo, nem no resultado! Estaremos atentos! Sim, porque quem diz, quem pode dizer “basta”, somos nós! É o SCP! E basta mesmo! Tem a palavra a Liga! Tem a palavra a arbitragem! Queremos seriedade! Queremos Verdade Desportiva!

Do resultado falaremos na nossa próxima crónica. Com uma certeza: ou seguimos na nossa caminhada invencível até ao momento ou teremos tido um percalço. Em qualquer dos casos estaremos sempre em primeiro lugar do Campeonato Nacional e manteremos a extraordinária equipa com que este ano nos deleitamos! Não somos de quebrar! Somos de unir! E juntos, já sabemos, somos poderosos! O Leão está de volta!

VIVA O SPORTING CLUBE DE PORTUGAL!!!

Tornando o Invisível Visível

Por André Bernardo
18 Fev, 2021

A propósito de bastidores, esta semana que passou estreámos nas nossas redes sociais duas novas rubricas – “Backstage Sporting” e “Duelos de Leão” – com o objectivo de dar a conhecer aos Sócios e adeptos um pouco mais do “behind the scenes*” do Clube

 

Dia de Sporting

No meu primeiro editorial escrevi que “esta nova versão (do Jornal Sporting) carrega uma linha editorial diferente, que visa aproximar ainda mais o leitor da vivência com o Clube e, se o faz com uma visão futura em sincronização com o actual contexto da era digital, recupera também 113 anos de história”.

No seguimento deste compromisso, na edição de hoje damos a conhecer parte dos bastidores do Sporting CP que asseguram que os jogos no Pavilhão João Rocha se possam realizar, e que será complementada com uma peça em vídeo que será divulgada nas nossas redes sociais e na Sporting TV.

É um trabalho invisível sem o qual nenhum de nós poderia desfrutar da parte visível que tanto nos move.

A eles a nossa enorme gratidão e uma reportagem que representa apenas um pequeno reconhecimento para que o Universo do Sporting CP conheça este precioso e fundamental contributo.  

Para que o Dia de Sporting se torne uma realidade existem três colaboradores que têm a tarefa hercúlea de trocar as balizas, retirar a rede ou levantar as tabelas entre jogos e treinos, e outros sete que asseguram o funcionamento da lavandaria, a manutenção e a limpeza do Pavilhão João Rocha. 

Todos os dias são Dias de Sporting

A propósito de bastidores, esta semana que passou estreámos nas nossas redes sociais duas novas rubricas – Backstage Sporting” e “Duelos de Leão” – com o objectivo de dar a conhecer aos Sócios e adeptos um pouco mais do “behind the scenes*” do Clube.

Completamos assim um primeiro ciclo da nossa estratégia de comunicação em que todos os dias, com ou sem jogos, publicamos conteúdos, para que todos os dias sejam Dias de Sporting. Estes conteúdos desvelam um pouco mais do dia-a-dia do Clube, nas suas mais variadas vertentes – Raio-X, ADN de Leão, Inside Sporting, Jornal Sporting, Backstage Sporting, Duelos de Leão e Sporting Corporate – com o intuito de construir pontes que estreitem a relação do Clube com os seus seguidores e mostrem o lado menos conhecido e também mais humano. 

Sporting Sempre

E porque todos os dias são mesmo dias de Sporting, na próxima semana lançaremos a campanha Sporting Sempre, que visa premiar todos os Sócios que têm débito directo anual activo, através de um sorteio mensal com vários prémios, entre eles dez Gamebox (para a próxima época). 
Terminámos também a obra de expansão do nosso armazém e até ao final desta época há muito trabalho invisível que continua a ser feito e que vamos tornar visível. 

O Futuro está a chegar.


*por trás das cenas

 

Editorial da edição n.º 3807 do Jornal Sporting

Medalhas de hoje e de sempre

Por Miguel Braga*
18 Fev, 2021

O professor Moniz Pereira costumava dizer que “a sorte dá muito trabalho”. (…) Um exemplo hoje e será, com certeza, um exemplo sempre no amanhã

Na semana após o centenário do nascimento do professor Mário Moniz Pereira, o atletismo do Sporting Clube de Portugal fez uma justa homenagem ao Homem cuja memória perdura por cada medalha conquistada pela modalidade. Foi este fim-de-semana, nos Campeonatos de Portugal de Atletismo em pista coberta de 2021, que Leões e Leoas deram uma demonstração de força e talento no Altice Fórum, em Braga.

Comecemos pelas medalhas de ouro, onde Auriel Dogmo (lançamento do peso), Anabela Neto (salto em altura), Carlos Nascimento (60 metros), Lorène Bazolo (60 metros), Evelise Veiga (salto em comprimento), Cátia Azevedo (400 metros), Marta Onofre (salto com vara) e Patrícia Mamona (triplo salto), atingiram a glória na respectiva competição. Conquistámos ainda mais oito medalhas de prata e oito de bronze, com direito a vários recordes pessoais e um nacional – no lançamento do peso, Auriol Dongmo deu mais uma demonstração de talento, mas Jéssica Inchude, além da medalha de prata levou para casa um novo recorde pessoal e melhor marca de sempre da Guiné-Bissau.

Hoje é também dia de aniversário de outra Lenda do Sporting CP, outro dos grandes nomes do atletismo do nosso Clube e do desporto nacional, Carlos Lopes. Provavelmente, a corrida da sua vida foi naquela tarde de Verão, de 12 de Agosto, em Los Angeles, nos Jogos Olímpicos de 1984, onde (literalmente) de forma olímpica fez com que o hino nacional ecoasse naquele imponente estádio, depois de vencer e estabelecer um novo recorde olímpico que só foi batido 24 anos depois. Lembro-me bem de estar a ver na televisão em Lisboa, sentado no chão de casa dos meus pais, a vibrar com aquele momento, com aqueles largos minutos de orgulho nacional. Mas os feitos de Carlos Lopes tive a sorte de acompanhar, sempre através da televisão, ao vivo e a cores, não um, mas vários; em pista (Meeting de Estocolmo), na estrada (em Los Angeles ou São Silvestre) e em inúmeras provas de corta‑mato, num misto de relva e lama, consoante o que as condições meteorológicas impunham, mas com a marca vencedora de um dos grandes do desporto Leonino e nacional.

O professor Moniz Pereira costumava dizer que “a sorte dá muito trabalho”. E é esse trabalho que sabemos que dá resultados e que forma mulheres e homens para a competição e para a vida, até porque “viver é treinar e treinar é quase vencer”. Um exemplo hoje e será, com certeza, um exemplo sempre no amanhã.

 

* Responsável de Comunicação Sporting Clube de Portugal

Amo‑te, Sporting!

Por Juvenal Carvalho
18 Fev, 2021

Neste amor de uma vida com o nosso Clube ri e chorei. Vi levantar centenas de troféus, mas também tive profundas noite de tristeza em que não conseguia dormir. Todas as relações intensas têm momentos bons e maus

Falar do nosso grande amor não requer inspiração, é normal e recorrente. É incontornável. É algo que sai de dentro de nós de forma natural.

Contudo, decidi escrever esta coluna de opinião que hoje estão a ler no passado domingo. E quis a data que a mesma fosse alusiva ao Dia dos Namorados e fez‑me abrir o coração para o amor de uma vida, o meu/nosso Sporting Clube de Portugal.

Como todos nós, no processo de vida, namorei, casei, tive filhos. Sou, afinal, comum dos mortais, igual a tantos outros nestas etapas da passagem terrena.

Contudo, com o Sporting Clube de Portugal o meu namoro é de uma vida e para a vida. Começou em menino. Cresceu com o tempo. É algo quase inexplicável, mas tão belo... direi mesmo inolvidável.

Aquando criança começou mesmo por ser às escondidas dos meus pais, de quem fugia literalmente de casa para ir ver os treinos da equipa de futebol, muitas vezes em vão por serem à porta fechada, mas onde ficava no final dos mesmos junto da mítica Porta 10‑A para ver os meus ídolos. E eram todos, não fazia distinções.

Chegado o fim‑de‑semana fazia os trabalhos escolares a correr e lá ia a caminho de Alvalade para ver tudo. Do futebol às modalidades. Era também o tempo em que pedia aos meus pais a semanada antecipada para ir ver o Sporting CP de lés‑a‑lés de Portugal e até ao estrangeiro. Tempos em que a minha mãe, que nunca se opôs a este namoro, embora uma fervorosa adepta do CF “Os Belenenses”, me dizia para levar a cama para o estádio e dormir lá, tal a minha loucura pelo Clube.

Este fervor podia ir caindo com a idade. Mas não. Depois do namoro, acabei por casar com o Sporting CP ao entrar ainda tão jovem para o dirigismo pela porta do basquetebol. Passei ainda pelo futsal – então futebol de cinco, onde comecei a escrever crónicas de jogos para o nosso jornal –, andebol e futebol juvenil.

Passei sempre tanto ou mais tempo ao lado deste grande amor do que com a minha família real. Passei também o Sportinguismo à minha filha, numa família de Belenenses. Foi um troféu para mim que jamais esquecerei.

Neste amor de uma vida com o nosso Clube ri e chorei. Vi levantar centenas de troféus, mas também tive profundas noite de tristeza em que não conseguia dormir. Todas as relações intensas têm momentos bons e maus. Ajudam até a fortalecer. Foi e ainda é assim com o meu/nosso grande amor.

Recordo‑me como se fosse hoje, e já está perto de chegar aos 50 anos – o tempo voa, o dia em que pelas mãos de meu pai entrei na secretaria do antigo estádio e assinei o contrato de fidelidade de uma vida com o Sporting CP. Quando me fiz Associado até hoje, e sempre cumprindo escrupulosamente as minhas obrigações, ganhando, perdendo... gostando mais deste jogador, treinador ou dirigente. Todos nós passamos. Eterno só o Sporting Clube de Portugal.

Estarei a teu lado até ao fim do meu percurso de vida ou mesmo para além dele.

Só assim sei estar nesta nossa relação tão intensa.

Amo‑te, Sporting!

O “Senhor Atletismo”

Por Miguel Braga*
11 Fev, 2021

(...) foi também por altura desses feitos que o meu pai me disse: “por trás de um grande fundista português estará sempre o professor Mário Moniz Pereira”

Cresci em casa tendo o professor Moniz Pereira como uma das grandes referências nacionais até porque o meu pai acompanhava, como podia, os resultados, performances e afins de todo o atletismo do Leão. Os dois tinham por hábito ter longas conversas que começavam sempre na música (nota: o professor também foi autor de alguns fados, entre eles “As duas Faces do Amor”) e descambavam invariavelmente nas pistas 
de tartan.

Numa altura em que havia apenas dois canais de televisão, o Sporting Clube de Portugal costumava ou ser o único Clube português presente nas grandes provas internacionais ou aquele que, com alguma frequência, colocava atletas no pódio. E foi assim, que nos primeiros anos da década de 80 do século passado, me habituei a ver na televisão os feitos de Fernando Mamede ou Carlos Lopes, mas também de Ezequiel Canário, Joaquim Pinheiro, gémeos Castro e tantos outros.

1984 acabou por ser o ano que ficou marcado para sempre na nossa memória colectiva: não só pelo recorde mundial de Mamede nos 10 000 metros no meeting de Helsínquia, não só pela vitória e respectivo ouro de Carlos Lopes na maratona dos Jogos Olímpicos de Los Angeles, mas porque foi também por altura desses feitos que o meu pai me disse: “por trás de um grande fundista português estará sempre o professor Mário Moniz Pereira”.
Nesta edição do Jornal Sporting, dedicamos algumas páginas [14 a 19] ao “Senhor Atletismo” português. Vários jornais não seriam suficientes para explicar a grandeza de alguém que dedicou a vida ao Sporting CP e ao desporto nacional, formando campeões de eleição, mulheres e homens que ganharam os mais diversos títulos envergando a camisola do Clube e também de Portugal. Tentamos, de forma resumida, dar a conhecer aos mais novos e recordar a todos os outros, a vida e legado de um dos grandes portugueses do século XX.

Salvador Salvador renovou na semana passada com o seu Clube do coração, terminando assim uma novela e um assédio a uma das grandes figuras do presente e do futuro do andebol nacional. Em entrevista (páginas 22 a 24), o jogador explica que “as notícias iam saindo e (…) a maior parte delas só serviam para me desestabilizar a mim e à Direcção do Sporting CP. Sempre tive a cabeça no Sporting CP, assim como o coração”. De corpo, alma e coração no Clube, Salvador Salvador terá agora mais responsabilidades, até porque também chegou a altura de deixar ir outro dos nossos, o consagrado Frankis Carol, que se despede nas páginas 26 a 28: “não podia dizer que não, é uma grande oportunidade para mim e tenho de a aproveitar. Agradeço ao Sporting CP ter compreendido o meu lado e deixar-me ir”. O jogador cubano, internacional pelo Qatar, fez quase 400 jogos pelo Clube e marcou 1621 golos de Leão ao peito, envergando também a braçadeira de capitão e conquistando vários títulos. A Frankis, o nosso agradecimento.

E se há homem a quem os Sportinguistas também agradecem a dedicação, esse homem é Nuno Dias, figura central do futsal do Sporting CP, treinador vencedor e de currículo simplesmente invejável. Será ele o nosso próximo convidado do ADN de Leão (pág. 29), o podcast que continua a dar a conhecer o outro lado dos nossos Leões e Leoas.

No futebol mantemos a concentração, o foco e a vontade de vencer o próximo jogo. Temos 48 pontos, mas faltam ainda 48 pontos em disputa. Tal como disse depois do jogo com o Gil Vicente FC, o presidente Frederico Varandas, “se a força é uma qualidade importantíssima para alcançar a vitória, a inteligência ainda é mais, por isso queria fazer um apelo a todos os Sócios e adeptos: o Sporting tem de respeitar sempre os seus dois rivais. Têm muita força dentro e fora do campo. É um erro histórico não o fazer. A arrogância, a bazófia, são meio caminho para a derrota e uma vitamina extra para os nossos rivais”. O caminho é longo ainda e devemos todos manter a humildade e os pés bem assentes na terra. 

 

Editorial da edição n.º 3806 do Jornal Sporting

* Responsável de Comunicação Sporting Clube de Portugal

Os opinadores

Por Juvenal Carvalho
11 Fev, 2021

(...) Repor a justiça é um acto inerente à mesma justiça. Nunca pode ser visto como “precedente perigoso” alguém, e aqui falo de que clube for, querer que se faça justiça. Não querer ver isso é mesmo não querer ver nada

Começo esta coluna de opinião com uma evidência. Decididamente, e não entro em futurologia, e sei bem que nada está ganho e que o caminho a percorrer será árduo, o Sporting Clube de Portugal começa a incomodar, e fundamento a minha opinião sustentando‑a em diversos opinadores da nossa praça.

Falo de pessoas com tempo de antena, que estão para o futebol como Carlos do Carmo estaria para o rock, ou Luciano Pavarotti para o fado. 

Aos dias de hoje, aqueles que gostavam tanto de um Sporting CP bonzinho nos relvados, e que até aqui ou ali diziam que éramos prejudicados e que era evidente uma diferença de tratamento, são hoje os mesmos que querem tapar o sol com a peneira e aqui‑d’el‑rei, espumam de raiva e verberam contra o tratamento dado ao clube deles, que no deve e haver têm décadas de saldo positivo e que agora são afinal os ‘calimeros’ da nossa praça. Que viram falta do Coates em Famalicão, que não viram penálti no lance do Zaidu em Alvalade, etc. Como diria o míster Quinito, numa expressão tão sua, e que fez escola, que se referia muitas vezes ao jogo como entretido.

É também entretido, mas com um misto de revolta com escárnio, ouvir esses opinadores, que de lentes coloridas em riste, querem minimizar épocas menos bem preparadas, e que nunca esperavam – e tanto ainda falta – ver o Sporting CP na liderança.

Fiquei feliz em tempos, e não quero pôr toda a gente no mesmo saco, porque programas e pessoas existem em que só se fala do jogo jogado, que alguns canais tivessem acabado com as aleivosidades de alguns em programas que nada acrescentavam que não o fomento do ódio.

São também os mesmos que vêem num cartão amarelo caricato mostrado a João Palhinha no Bessa, e no recurso de despenalização do nosso Clube a um erro admitido pelo próprio árbitro Fábio Veríssimo, um “precedente perigoso”.

Pois bem, precedente perigoso, é outra coisa. É mesmo um jogador entrar em campo e num simples minuto ser‑lhe mostrado amarelo num lance normal. Repor a justiça é um acto inerente à mesma justiça. Nunca pode ser visto como “precedente perigoso” alguém, e aqui falo de que clube for, querer que se faça justiça. Não querer ver isso é mesmo não querer ver nada. 

Que o Sporting CP continue a dar razão a estas pessoas para continuarem a sua saga. É sinal de que os incomodamos, e até se percebe no ar uma santa aliança contra os mesmos.

É porque alguma coisa estamos a fazer bem. E estamos a fazer bem no local certo. Dizia‑me um velho Leão que já não está no mundo dos vivos que para ganharmos tínhamos não só de ser melhores, mas sim muito melhores. Era eu uma criança e interiorizei isso. Hoje lembro‑me amiúde dele. E ainda não havia o mediatismo destes opinadores de pacotilha. 

Era ainda no tempo da televisão a preto e branco, e em que eu lia no nosso jornal, então ainda muito jovem, as tão bem escritas prosas de Inácio Teigão contra alguns apitadores. Pouco ou nada mudou. Mudaram‑se os tempos, mas não se mudaram as vontades. Continua tudo como dantes... apenas apareceram aqueles que hoje são os protagonistas dos novos tempos e invertem tudo aquilo que nós vimos. Os opinadores.

Carta a Coates

Por Pedro Almeida Cabral
11 Fev, 2021

(...) Haver jogadores tão humanos como tu que nos mostram como são e como sentem é bem maior que os meros 90 minutos de um jogo. Desejo e desejamos-te força. Também por isto, obrigado Capitão

Caro Seba, escrevo-te momentos depois do nosso encontro com o Gil Vicente FC. Foi um jogo difícil e intenso. Na primeira parte, sofremos bastante. Ainda não tinha passado um quarto de hora e foste, uma vez mais, imperial num corte na nossa grande área. Nos segundos 45 minutos, devemos-te a vitória. Aonde foste tu rematar e cabecear para os dois golos, fomos todos celebrar. Há quem fale em estrelinhas, como se o futebol fosse de deitar sortes. Mas também há quem veja o óbvio: o Sporting Clube de Portugal lutou, e lutou com discernimento, fazendo por merecer a reviravolta até ao apito final.

Lembro-me quando chegaste ao Sporting CP vindo da Premier League há cinco anos. A necessidade de ter um central com as tuas características era premente. Do empréstimo pelo Sunderland AFC à permanência no Sporting CP foi um ápice. As épocas foram passando e és hoje o jogador mais antigo do plantel. A braçadeira de capitão assenta-te bem. Pela experiência e pela alma com que vestes a camisola verde e branca. Isso bastaria para seres a voz da equipa em campo. Só que se vai revelando algo mais. Depois de uma temporada com algum azar, regressaste para o que está a ser a tua melhor época no Sporting CP. Outros poderiam ter-se deixado abalar. Ao contrário de ti, que jogas agora com posicionamento impecável e fabulosos cortes milimétricos, comandando toda a linha defensiva no exigente esquema de três centrais de Rúben Amorim. Ainda arranjas tempo para investir na frente, com cinco golos marcados, a um do teu máximo de seis numa época, quando faltam 16 jogos. Não tens só a braçadeira do capitão. És o Capitão. O que é completamente diferente. 

Vimos as tuas emocionadas declarações após o jogo com o Gil Vicente FC. Sabemos as razões. Perder um amigo tão novo da maneira que foi é duro. Partilhá-lo da maneira que fizeste ainda mais. Mas esse é o principal motivo que me levou a escrever-te. O futebol é demasiado importante para ser apenas futebol. A amizade, o respeito, a superação e o esforço são aquilo que o futebol nos permite perceber melhor. Haver jogadores tão humanos como tu que nos mostram como são e como sentem é bem maior que os meros 90 minutos de um jogo. Desejo e desejamos-te força. Também por isto, obrigado Capitão. Saudações Leoninas.

 

Jogo a jogo… pés no chão!!!

Por Tito Arantes Fontes
11 Fev, 2021

Fizemos uma extraordinária primeira volta do Campeonato, a melhor de sempre da nossa centenária história! Saibamos, pois, agora honrar esse fantástico marco com uma segunda volta que a dignifique… para honra e Glória do nosso SCP!

Acabámos agora o jogo de Barcelos… um daqueles jogos que nos consome “anos de vida”… inicio prometedor nos primeiros minutos e depois, depois fomos caindo, deixando andar e o Gil Vicente FC a acercar‑se cada vez mais da nossa baliza… cada vez com mais perigo… até que marcou mesmo! A coisa ficou mais difícil e – claramente – todos víamos que na segunda parte muita coisa tinha de mudar! E mudou… não sei o que Rúben Amorim disse no balneário aos nossos jogadores, mas sei – isso sim – que a nossa atitude mudou e mudou para melhor! Passámos a jogar com outra intensidade, com outra vontade, com outra garra… e íamos ganhando “bola atrás de bola”… as ditas “primeiras bolas”, as “segundas” e até as “terceiras”… era uma avalanche contínua, de pressão constante, de arreganho… até que – tal como na primeira volta no José Alvalade – aos 83 minutos conseguimos o empate! Merecido! Sofrido e merecido! Tudo podia ainda acontecer… e aconteceu… no segundo minuto dos “descontos”… pum, já está, outro golo do SCP! Reviravolta no resultado! Vitória do SCP! Herói do jogo? COATES! Mais uma imperial exibição a defender, coroada com dois golos… prova que temos aqui um central que é também um avançado e dos bons! Obrigado, COATES!!! Mais ainda por ser num dia especial, depois de uma semana em que o futebol uruguaio perdeu um amigo teu, de muitos anos! Deus sabia e abençoou‑te… para lhe poderes dedicar – como bem fizeste! – os dois golos da tua felicidade, da nossa felicidade!

No final do jogo oportunas declarações de Rúben Amorim e do presidente Frederico Varandas! O primeiro escalpelizando bem o jogo, consciente da sofrível, lenta e má primeira parte que fizemos, do mérito do Gil Vicente FC e das alterações que teve de fazer e do diálogo com os jogadores, nomeadamente ao intervalo, para lhes incutir a “poção mágica” da vitória! E sintetizou a sua ideia com a frase “Até voltarmos a ganhar alguma coisa não se pensa em festas! Não imagino festa nenhuma de campeão com os adeptos. Imagino, sim, ganhar ao FC Paços de Ferreira e pensar em como vamos trabalhar e melhorar para esse jogo”! É isso mesmo! Jogo a jogo! Depois veio o nosso presidente Frederico Varandas lembrar que “não ganhámos nada”, salientar que temos de respeitar sempre os nossos dois rivais… “que têm muita força dentro e fora do campo” e lembrar à nação Sportinguista que “a arrogância, a bazófia, é meio caminho para a derrota e uma vitamina extra para os nossos rivais”! Terminou dizendo que “o Sporting CP tem de continuar como até aqui, concentrado, sério, competente, implacável dentro de campo e com a humildade dos gigantes”! Sábias palavras! Ou seja, pés no chão!

Fizemos uma extraordinária primeira volta do Campeonato, a melhor de sempre da nossa centenária história! Saibamos, pois, agora honrar esse fantástico marco com uma segunda volta que a dignifique… para honra e Glória do nosso SCP! E isso, caríssimos Sportinguistas, só com a filosofia que os nossos líderes tão bem apontaram e agora nos recordaram: é jogo a jogo… e pés no chão!!!

Arbitragem – temos assistido ultimamente a arbitragens condignas nos jogos do Sporting CP. Soares Dias no “dérbi dos dérbis”, como já comentámos, Hugo Miguel com o CS Marítimo e Nuno Almeida em Barcelos. Três boas actuações, aqui e ali com erros, bem sei, mas criteriosas e permitindo “jogos saudáveis”. Afinal é mesmo possível haver boas arbitragens em Portugal! Pese embora noutros lados se continue a assistir a inexplicáveis e injustificadas “berrarias”… nomeadamente do “apito azul”, o tal clube que consegue por si só ter mais penáltis que o somatório dos outros três melhores classificados da Liga portuguesa! O tal clube que é o menos amarelado” de todos os clubes da Liga nacional! Pois, ainda assim, não lhes basta… e refilam, barafustam, conspurcam… e expelem constantemente o seu fel, a sua mentira, contaminando o “ar saudável” em que queremos viver! Não, não pode ser!

Conselho Disciplina (CD) – vergonhosa actuação! Não lhe chegou não ter decidido, como devia, a despenalização do Palhinha! Despeitado com o “nó cego jurídico” que lhe foi aplicado pela cristalina decisão judicial do TCAS, desata a emitir comunicados (veiculando conscientemente informação errada), a fazer exposições ao Conselho Superior dos Tribunais Administrativos (um topete!) e a contribuir para um “desinformado” clima em que pululam vários analistas de pacotilha dos meios de comunicação social!  Com tudo isto, contribuiu decisivamente para levar a FPF a anunciar um lamentável, triste e envergonhado recurso para o Supremo Tribunal Administrativo da decisão do TCAS! Pobre Conselho Disciplina! O tal que ainda aplica “filosofias inglesas”, como a tal do “field of play doctrine”, que até os próprios ingleses nem sempre aplicam em matéria disciplinar! Como foi bem demonstrado neste último fim‑de‑semana com a despenalização de dois jogadores na Premier League por terem sido mal admoestados pelo árbitro no decurso de jogos dessa competição. Tudo decidido em menos de oito dias. Como cá o CD poderia ter feito… máxime depois de Fábio Veríssimo ter assumido o seu erro, baseado no facto de não ter visto o lance do Palhinha em toda a sua plenitude. É este mesmo CD que aplicou 45 dias de suspensão ao presidente Frederico Varandas pelas declarações por este proferidas após o jogo de Alvalade com o FCP… ficamos curiosos e atentos para saber qual a sanção que o mesmo CD aplicará a Sérgio Conceição por ter dito, depois do último jogo com a Belenenses SAD, no Jamor, preto no branco, que “fomos enganados” Fomos roubados!”… esperemos pela sanção! E falaremos!

Liga Portugal – tem a Liga nos seus quadros uma senhora de nome Sónia Carneiro. É empregada da Liga! O Sporting CP é associado histórico e fundador da Liga! Pois bem, essa senhora, vá lá saber‑se porquê, resolveu botar opinião no passado domingo num jornal desportivo do Norte! E falou sobre a “field of play doctrine”… mas será que essa empregada não deveria, num tema sensível que envolve um associado histórico e fundador da Liga estar sossegada, tranquila e caladita?… pois, parece que sim, que era assim que a senhora deveria estar… portanto, ó Liga, põe lá ordem na tua casa! Respeita os teus associados fundadores e históricos! E – por isso e para isso – diz lá aos teus empregados para se “empregarem” nos temas próprios dos seus postos de trabalho… deixando os outros para quem de direito! Até porque – decisiva razão – os empregados da Liga não se devem imiscuir nas discussões, divergências, questões que envolvam os seus associados!

Viva o Sporting Clube de Portugal!!!

Passo a passo

Por Miguel Braga*
04 Fev, 2021

(...) o Sporting CP já conseguiu a melhor pontuação nos últimos 72 anos, igualando um dos recordes dos míticos “Cinco Violinos”. Que a equipa continue a corresponder, passo a passo, jogo a jogo, é o desejo de todos nós

Semana intensa, marcada pelo dérbi lisboeta, pelo que se passou fora e dentro de campo, com direito a uma considerável azáfama no final de mercado. Ainda antes do jogo da passada segunda-feira, o país futebolístico foi surpreendido com uma posição intransigente do Conselho de Disciplina (CD) da Federação Portuguesa de Futebol relativamente à (injusta) suspensão de João Palhinha, provocada por um famigerado cartão amarelo aos 79 minutos no jogo no Bessa, contra o Boavista FC, três minutos depois de ter entrado em campo.

Recordemos que, num acto digno e de coragem, Fábio Veríssimo admitiu o erro ao Conselho de Disciplina: “após visionar as imagens da jogada (ângulo oposto ao meu posicionamento) considero que a mesma não cumpre os critérios para ataque prometedor. Deste modo, a acção disciplinar não foi adequada”. Com estas palavras, o árbitro internacional abriu a porta para que a verdade desportiva prevalecesse sobre o erro do momento, algo que está previsto no regulamento da competição. Mas a justiça elementar bateu de frente com uma posição do CD, escudada na “field of play doctrine” que, em pleno século XXI, continua a servir interesses que não são os de um futebol mais transparente e equilibrado. 

Como Carlos Barbosa da Cruz escreveu, e muito bem, esta semana no jornal Record, “se se generalizou o uso do VAR, porque se concluiu, e bem, que a tecnologia podia suprir os naturais erros de julgamento dos árbitros, não entendo por que é que essa mesma tecnologia já não serve para corrigir lapsos” dessa natureza. Não aproveitar todos os recursos que estão ao nosso alcance para trazer mais justiça ao mundo, seja do futebol ou outro qualquer meio ou indústria, é afastarmo-nos do propósito de lutar por uma sociedade melhor e mais justa.
Com a admissão por parte do árbitro do seu erro, com imagens que o comprovem, insistir no erro é, simplesmente, desvirtuar a justiça desportiva. E como alguém disse um dia: “se errar é próprio do Homem, insistir no erro é próprio do diabo”. Independentemente da discussão jurídica, a verdade é que em menos de um mês, o Sporting CP voltou a ser prejudicado, à imagem do que aconteceu com o caso dos “falsos positivos” de Nuno Mendes e Andraž Šporar. 

Em campo, o Sporting CP impôs-se ao seu rival com uma vitória inequívoca, construída com muito trabalho e uma crença de que o jogo só acaba quando o árbitro assim o ordena. Já depois do minuto 91, a pressão de Bruno Tabata, Jovane Cabral e Daniel Bragança (todos saídos do banco) do lado esquerdo do ataque do Sporting CP foi fundamental para criar os desequilíbrios na defesa rival; com Pedro Porro pela direita, Matheus Nunes ao meio e Palhinha à entrada da área, o Sporting CP atacou com mais de metade da equipa porque acreditou até ao fim que era possível conquistar os três pontos. E Matheus Nunes fez explodir de alegria todos os Sportinguistas com aquela cabeçada certeira, fazendo entrar a bola no centro da baliza adversária.

Nesse mesmo dia, o Sporting CP reforçou o seu plantel com a chegada de Matheus Reis, João Pereira e Paulinho. Três jogadores de qualidade, com experiência de campeonato nacional e sem necessidades de longos períodos de adaptação. Aos três, desejamos todas as vitórias: o sucesso do colectivo será sempre a garantia de superação individual.

Amanhã será disputado o último jogo da primeira volta da Liga NOS. Seja qual for o resultado, o Sporting CP já conseguiu a melhor pontuação nos últimos 72 anos, igualando um dos recordes dos míticos “Cinco Violinos”. Que a equipa continue a corresponder, passo a passo, jogo a jogo, é o desejo de todos nós.

 

Editorial da edição n.º 3805 do Jornal Sporting

* Responsável de Comunicação Sporting Clube de Portugal

Quanta raça, quanto querer...

Por Juvenal Carvalho
04 Fev, 2021

Dá gosto ver com quanto querer, com quanta raça, os meninos de Rúben Amorim entram em cada jogo sem olhar a adversários, sem olhar a quem está do outro lado. Lutar, lutar e lutar é o lema

Seria cínico da minha parte não vos revelar que este jogo com o rival da segunda circular não é apenas para mim o dérbi eterno. É mesmo o dérbi que me faz apaixonar. O dérbi que me faz até ser irracional. É sempre um dia que parece ter 48 horas, tal a ansiedade e o nervoso miudinho que me invade desde que acordo até à hora do início do jogo. Direi até que roça o irracional este meu estado de alma.

Na segunda-feira nada diferiu. Acordei, contudo, com uma fé inabalável. Este lema do #OndeVaiUmVãoTodos, veio para fazer escola e eu, como todos nós, estamos ao lado destes rapazes, e sobretudo acreditamos neles.

Não quero começar o jogo pelo lado marginal. Não quero falar por isso da forma como só o tribunal haveria de repor a justiça e colocar João Palhinha em campo.

Quero só falar do que vi. E o que vi foi um Sporting Clube de Portugal a ser mais equipa desde o apito inicial. A querer mais. A ter mais equipa, porque no futebol o que conta é um todo que quer muito, repleto de jovens complementados com outros mais experientes, que luta por cada bola como se fosse a última.

Dá gosto ver com quanto querer, com quanta raça, os meninos de Rúben Amorim entram em cada jogo sem olhar a adversários, sem olhar a quem está do outro lado. Lutar, lutar e lutar é o lema.  

E como quem luta como eles, dá razão ao velho ditado português que diz que quem porfia sempre alcança. E não é que alcançaram mesmo, e que para fim estaria guardado o bocado que nos pôs em êxtase. 

Matheus Nunes, sim, falo desse menino cheio de talento, que joga com cabeça assente no lugar como poucos, e que seria também de cabeça que nos deu uma vitória que só vale três pontos, mas que emocionalmente para os Sportinguistas vale muito mais que isso. É o gosto tão peculiar e especial de ganhar ao nosso arqui-rival de todo o sempre.

Faltam 18 finais a partir de agora. Amanhã será com o CS Marítimo, numa deslocação onde teremos umas contas a ajustar, a primeira das 18. Será já com a integração de Paulinho, João Pereira e Matheus Reis no plantel que encararemos os jogos até ao final desta época. Que sejam felizes nesta etapa de Leão ao peito. Que venham ajudar e reforçar um plantel que quer muito. Que faz da mistura da garra com a classe a sua imagem de marca. 

Qual de nós não está orgulhoso do momento que está a vivenciar, sabendo que o futebol vive do momento? Ninguém, que se orgulhe de ser Sportinguista, respondo eu.

Nada está ganho. Até ao fim muita água correrá por debaixo das pontes. Uma coisa sei. Com este esforço, esta dedicação e esta devoção, a glória estará mais perto.

O Leão, e estes Leões já deram provas disso mesmo, só se curvam para beijar o símbolo. 

Caminhamos juntos... somos feitos de Sporting!

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