Your browser is out-of-date!

Update your browser to view this website correctly. Update my browser now

×

Opinião

TRISTEZA E ORGULHO

Por Rahim Ahamad
20 Fev, 2020

A sensação que fica é que ninguém estava preparado. Como ninguém tem estado preparado quando determinados energúmenos imitam o som do very light que vitimou o nosso adepto Rui Mendes

Escrevo estas linhas com um sentimento misto de TRISTEZA E ORGULHO.

Tristeza porque vamos deixar de ter o prazer de ver no futebol de praia o maior e melhor jogador de sempre que esta modalidade alguma vez teve na sua história. Aos 43 anos de idade, João Vítor Tavares Saraiva, mais conhecido por MADJER, diz adeus à competição e ao seu clube do coração. Este ser humano ímpar e ENORME Sportinguista ficará para sempre com um lugar de honra no SPORTING CLUBE DE PORTUGAL, passando a fazer parte daqueles atletas imortais que souberam valorizar o nosso Clube e o nosso país.

Um verdadeiro sentimento de orgulho que seguramente os Sócios e Adeptos do SPORTING CLUBE DE PORTUGAL têm por este nosso Campeão! A edição desta semana do Jornal Sporting apresenta um dossier especial sobre este fantástico atleta. Neste momento de despedida, esta é a forma de o jornal de Clube mais antigo do mundo prestar uma justa e reconhecida homenagem.

OBRIGADO POR TUDO MADJER!

No passado fim-de-semana desportivo vivemos momentos de TRISTEZA E ORGULHO.

Tristeza por termos assistido a um episódio único nos estádios portugueses onde um jogador de futebol após ter sido alvo de manifestações racistas optou, e bem, por abandonar o recinto de jogo num acto de manifesta indignação perante algo que NUNCA deveria acontecer seja onde for, com quem for, por que motivo for. Porque o racismo não pode NUNCA ter lugar na nossa sociedade e muito menos nos recintos desportivos. A sensação que fica é que, mais uma vez, ninguém estava preparado. Como ninguém tem estado preparado quando determinados energúmenos imitam o som do very light que vitimou o nosso adepto Rui Mendes. Os sinais, esses, existem e estão bem visíveis semana após semana. Nesse sentido, até quando temos de viver com este tipo de situações sem que existam posições fortes e estruturantes contra todo e qualquer tipo de violência nos recintos desportivos?

E, no meio da vergonha, foi com um sentimento de orgulho, que vimos o SPORTING CLUBE DE PORTUGAL reagir prontamente ao que se passou em Guimarães mantendo a mesma linha de acção na liderança da luta contra a violência no desporto, na luta pela verdade desportiva, na luta pela transparência e pela ética no desporto, na luta pelos bons princípios e valores do dirigismo desportivo, pelo fair play. E neste último, que sirva de exemplo o que os nossos bravíssimos benjamins e as nossas atletas seniores de futsal foram capazes de demonstrar.

Se alguém ainda teria dúvidas, isto é ser SPORTING CP!

Conteúdo bloqueado
Tenha acesso a conteúdos Exclusivos apenas para utilizadores registados e conteúdos PREMIUM para sócios registados.

Fora do Campo

Por Pedro Almeida Cabral
20 Fev, 2020

São os atletas, dentro do campo, que nos recordam que o desporto é bem mais que um mero confronto

Finalmente aconteceu. Um jogo de futebol em Portugal ficou marcado pela intransigência e pela coragem em recusar abertamente um festival de insultos racistas. A Marega o devemos. Desde que me lembro de frequentar estádios de futebol, o que já leva mais de 30 anos, sempre ouvi diatribes, insultos, grunhidos, cânticos e grosserias abertamente racistas. Não adianta esconder nem fingir que não se sabia. Esta orgia de discriminação foi-se fazendo sem sobressalto em muitos dos estádios e dos clubes do país. Que, admiravelmente, alguém o tenha exposto de forma tão vincada é que é novidade. 

Estalado o escândalo, seguem-se os processos. O enquadramento legal fará com que eventuais sanções não estejam à altura do sucedido. É o que acontece quando a verdade nos entra pelos olhos adentro depois de décadas de cegueira. O insulto racista é tolerado até ao dia em que deixa de o ser. Esperemos que tenha sido de vez. 

Tenho para mim que este estado de coisas muito deve ao estatuto de que gozam impunemente os espectáculos desportivos em Portugal. Não há amarras que prendam os impulsos mais primários e agressivos. Desde celebração de assassinatos, passando por violência e ameaças, tudo se vai revelando espantosamente possível. Vão falhando as sanções, as condenações públicas e os repúdios privados. Em boa verdade, fora do campo falha-se ainda mais: um dirigismo caduco e incendiário, ligações opacas entre clubes e entre estes e claques, bem como processos judiciais intermináveis e mal-esclarecidos. Tudo isto compõe um cenário decadente e afugentador. Assim vamos andando, até que se sucedam desgraças e estádios vazios. 

Se pouco ou nada muda fora do campo, são aqueles que carregam o jogo às costas que se vêem obrigados a fazer-nos ver o que afinal estava à frente aos nossos olhos. São eles, dentro do campo, que nos recordam que o desporto é bem mais que um mero confronto. Foi o que nos ensinou Marega. Mas também, no mesmo fim-de-semana, o jovem Dinis, benjamim de futsal do Sporting CP, ao não deixar passar um penálti mal assinalado, não querendo atropelos à verdade. São os atletas e as crianças dentro do campo que nos demonstram o triste espectáculo que vamos dando fora do campo. Cada vez mais, não podemos dizer que não sabemos. 

O Dinis é feito de Sporting CP!

Por Juvenal Carvalho
20 Fev, 2020

O Dinis tornou-se um Herói. Uma criança de quem os pais se podem orgulhar. De quem o Sporting Clube de Portugal se deve orgulhar

Dinis Paulo. 10 anos. A fazer a sua segunda época ao serviço do Sporting Clube de Portugal. É este o currículo de um menino, que entre outros, joga nos benjamins do futsal do Sporting CP.

Tudo isto continua a ser o que era, e o Dinis continuará a servir o nosso Clube e sobretudo a desfrutar de jogar de Leão ao peito na modalidade que elegeu para praticar. Mas a partir do passado sábado, este menino, o Dinis, teve um gesto que o diferenciou. Um gesto que se tornou viral. Um gesto que o enobreceu a ele e que fez o Sporting CP sentir um orgulho imenso em o ter no seu seio. Este menino, quando o árbitro assinalou erradamente um penálti contra o eterno rival, e com o resultado – o menos importante neste escalão – empatado a zero, decidiu dizer ao árbitro que viu a bola a bater no rosto do outro menino do clube rival em vez de ter sido na mão. O árbitro ajuizou em função do que tinha visto aquele menino, voltou atrás na decisão e “deu” ao Dinis um cartão branco que simboliza o fair play.

Quem estava no pavilhão terá assistido in loco a um gesto de um significado tremendo que também a eles os orgulhou. Quem estava a ver o directo na Sporting TV, que em boa hora decidiu dar este jogo, ficou tão atónito quanto feliz. 

Depois foi literalmente viral a passagem das imagens na imprensa, nas redes sociais, em todo o lado. Literalmente em todo o lado.

O Dinis tornou-se um Herói. Uma criança de quem os pais se podem orgulhar. De quem o Sporting Clube de Portugal se deve orgulhar. De quem os fundadores, onde estiverem, se podem orgulhar.

O Sporting CP, de quem Francisco Stromp dizia que não é o Sporting CP que se orgulha do nosso valor, nós é que devemos sentir-nos honrados por ter esta camisola vestida, deverá estar feliz, onde estiver, por ter este menino de Leão ao peito. 

O Dinis ganhou o campeonato do fair play e o Sporting CP pode realmente orgulhar-‑se por ter a camisola vestida no corpo daquele menino ainda pequeno no tamanho, mas gigante na atitude e na nobreza de carácter.

Se falei em Stromp, por tanto para nós simbolizar, lanço daqui um repto em forma de pedido aos elementos que compõem o Grupo Stromp. Porque não o Dinis ser agraciado com o Prémio Stromp em 2020? Acho que o eterno Associado número 3 se orgulharia disso. 

Obrigado, Dinis. Um orgulho imenso ter-te no nosso seio. Vais ser seguramente um grande Homem do amanhã.

Caminho para 2020/2021

Por Tito Arantes Fontes
20 Fev, 2020

Temos de ser SPORTING CP. Mais SPORTING CP ainda! Fazer mais e melhor com menos que os outros

Estamos no final de Fevereiro de 2020. Ou seja, estamos a cerca de três meses do fecho da época futebolística de 2019/2020. Uma época difícil, sofrida. Muito sofrida. Estamos todos conscientes disso mesmo. Sabemos bem que estamos aquém do desejado e pretendido. Do ambicionado. Muito aquém. Em exibições. Em resultados. Em classificações. Perdemos a Supertaça com um resultado que não queremos recordar. Fomos precocemente eliminados da Taça de Portugal. Disputámos a final four da Taça da Liga e ficámos pelas meias-finais. Estamos no Campeonato Nacional a larga distância do 1.º classificado e a discutir o 3.º lugar com equipas de outro valor e com historial e prestígio que nem de longe, muito de longe, são similares aos do SPORTING CP. E estamos nos dezasseis-avos de final da Liga Europa, com esta eliminatória a ter a sua 1.ª mão esta quinta-feira, no Estádio José Alvalade. É pouco, é muito pouco para as ambições do SCP. E contrasta muito com a esperança que a época passada de 2018/2019 trouxe, quando – depois de Alcochete – arrecadámos de modo heróico as Taças da Liga e de Portugal! 

Esta época tem, assim e de modo a ter utilidade para o futuro do nosso Clube, de representar e ser o “ponto de viragem”. O “ponto de reflexão” – depois dos acontecimentos de 2018 – para o que o SCP quer. Para o que o SCP realisticamente pode. E como! Desde logo há que contar com as limitações e dificuldades que todos sabemos que existem. E há que aprender com os erros que foram cometidos. 

Retiremos, pois, deste ano os ensinamentos que nos façam mais fortes. O presidente Frederico Varandas já assumiu, muito especialmente na entrevista que deu há cerca de 15 dias ao jornal Record, erros na preparação da época de 2019/2020, nomeadamente na constituição do plantel que hoje o SCP tem ao seu dispor. E na definição do comando técnico da equipa. E na definição dos objectivos da época que está a terminar. Essa humildade demonstrada pode ser muito útil para preparar o nosso futuro, desde logo esse futuro próximo que se aproxima rapidamente… pois a nova época de 2020/2021 está a escassos meses de começar.

Preparemos, desde já, para além da equipa para 2020/2021, de modo claro e sem meias-palavras, a massa associativa do SCP para as expectativas realísticas que todos deveremos ter no próximo ano. Se tivermos de sofrer teremos de o fazer juntos! Se podermos melhorar também o teremos de fazer juntos! Mas, isso sim, a gestão de expectativas e de emoções tem de ser clara e realística. Todos sabemos que “Roma e Pavia não se fizeram num dia”. De igual modo recuperar o SCP, depois dos nefastos acontecimentos de 2018, também não se faz num dia. A entrevista do presidente Frederico Varandas clarifica muita coisa e permite aquilatar da situação actual em que o SCP vive. E das limitações objectivas que daí decorrem.

Temos de ser SPORTING CP. Mais SPORTING CP ainda! Fazer mais e melhor com menos que os outros.

Pensar SPORTING CP! Reflectir SPORTING CP! Em conjunto, de modo saudável! Verdadeiro e autêntico! Temos – no fundo – de nos ajudar… de ajudar e de apoiar, hoje, mais do que nunca, o SPORTING CP!!!

VIVA O SPORTING CLUBE DE PORTUGAL!!!

ISTO NÃO É O SPORTING CP!

Por Rahim Ahamad
13 Fev, 2020

O episódio de Alcochete deveria ter sido um travão num comportamento que em nada beneficiou o SCP

O princípio de qualquer ideia democrática é saber conviver com a crítica, com a oposição, com a liberdade de escolha para políticas e pensamentos.

Na base de uma instituição democrática vive a ideia que pessoas diferentes lutam por um ideal superior comum, por vezes unidos, outras vezes nem tanto, mas respeitando actos eleitorais devidamente sufragados pelos eleitores – Sócios, no caso do nosso Clube.

Tudo isto é colocado em causa quando se ameaça, se tenta coagir, se insulta, se agride alguém por ousar pensar de forma diferente. 

O episódio de Alcochete deveria ter sido um travão num comportamento que em nada beneficiou o Sporting Clube de Portugal.

O que se passou naquele dia e o efeito dominó que gerou, com prejuízos de milhões de euros e danos não mensuráveis na reputação do Clube, deveria ter sido a última linha a ser ultrapassada.

Mas não. O mundo, para certas pessoas, não mudou naquele dia.

A razão de ser de uma claque é o seu apoio ao Clube, o seu amor ao Clube e não a si própria.

O SPORTING CLUBE DE PORTUGAL é dos seus Sócios e não das claques.

Estas são, ou devem ser, o apoio colorido nas bancadas, aqueles que nunca deixam de acreditar, aqueles que olham para os jogadores como nossos ídolos em campo, aqueles que não desistem mesmo na adversidade, aqueles que, acima de tudo, amam o SPORTING CLUBE DE PORTUGAL. 

Não apoiar a equipa contra os rivais, aplaudir os golos dos adversários, insultar constantemente o presidente do Clube, ter cânticos contra a própria equipa, arremessos de tochas para perto dos nossos jogadores, tentativas de coacção da Direcção do Clube, insultos, agressões e tudo mais.

Isto são sintomas de quem já não sabe respeitar o nosso Clube.

A bárbara e cobarde agressão que os dirigentes do Clube e a filha menor de um deles foram alvo, apenas vem reforçar que não é isto que queremos para o nosso Clube.

Este comportamento das claques não nos representa.

Importa dizer BASTA ao clima de intimidação e terror!

E temos de ser TODOS.

Porque, definitivamente, ISTO NÃO É O SPORTING CP!

Conteúdo bloqueado
Tenha acesso a conteúdos Exclusivos apenas para utilizadores registados e conteúdos PREMIUM para sócios registados.

Uma História de Violência

Por Pedro Almeida Cabral
13 Fev, 2020

Uma agressão gratuita a um membro de um Órgão Social do SCP ou a um funcionário do Clube é um acto violento contra o próprio SCP

A chegar à meia centena de crónicas neste jornal, pela primeira vez, não vou falar de um título, de um jogo ou de uma figura do Sporting Clube de Portugal. Só uma razão muito forte me poderia levar a quebrar a linha destes textos, que procuram celebrar o que une todos os Sportinguistas: a paixão pelo Clube e por todos os seus feitos e conquistas. Mas é impossível ser indiferente a mais um episódio de violência gratuita sobre membros do Conselho Directivo do Sporting CP que, desta vez, – pasme-se! – atingiu até uma rapariga de 16 anos, que cometeu o desplante de acompanhar o pai para ver um jogo do Clube.

Nos últimos anos, o Sporting CP tem vivido não um, mas vários episódios de violência. Nem tudo começou com Alcochete. Antes, bem antes, houve uma ameaça séria com faca a um presidente do Sporting CP. Foi há dez anos, mas nem por isso esquecida. Também nem tudo terminou com Alcochete. Logo a seguir, decorreu uma assembleia geral em pleno Meo Arena que mais pareceu uma prova ao estoicismo dos Sportinguistas, tal era o clima de intimidação e de insulto. A violência pairava no ar, tanto por gestos, como por palavras. Nenhum Sportinguista poderá ter gostado desse triste espectáculo.  

Das palavras aos actos vai, por vezes, uma distância curta. E no Sporting CP começa a não haver distância nenhuma. Desde o início desta época que membros do Conselho Directivo são ameaçados e agredidos. Isto já de si é grave. Ainda é pior quando essas cobardes agressões têm lugar nas instalações do próprio Clube, no Pavilhão João Rocha ou no Estádio José Alvalade. Não que o sítio importe. Porém, é esclarecedor que ocorram dentro do Clube, onde o símbolo devia pesar bem mais do que a pulsão destrutiva e violenta. 

Uma agressão gratuita a um membro de um Órgão Social do Sporting CP ou a um funcionário do Clube é um acto violento contra o próprio Sporting CP. Se repudiamos com veemência agressões contra os nossos – como tem sucedido recentemente com Miguel Albuquerque –, não podemos transigir, compactuar ou entender nenhuma destas agressões. Duvidar ou pôr em causa a palavra dos agredidos é apenas a continuação da violência, retirando a quem sofreu a agressão a sua palavra. O Sporting Clube de Portugal que todos queremos não é e não será este pedaço de inumanidade. As grandes instituições centenárias sobrevivem porque assentam na sabedoria de quem lhes dá vida. Estou certo que neste momento difícil os Sócios e Adeptos do Sporting CP saberão muito bem que posição tomar perante este estado de coisas e decidir quem tem e quem não tem lugar no Clube. 

E o Sporting Cube de Portugal?

Por Juvenal Carvalho
13 Fev, 2020

Que se erradique de vez a violência e o insulto. Não é esse o nosso ADN, nem nunca foi

Mais do que uma mensagem de paz, o Sporting Clube de Portugal precisa sobretudo de ter essa mesma paz. Precisa de erradicar estados comportamentais de pessoas que decididamente se comportam de uma forma pouco saudável e que em nada abonam a favor do Clube. E falo do presente, pensando no futuro, que se não passar pela união em torno do símbolo, que é seguramente o nosso bem maior, será seguramente difícil de ter retorno. E quando falo de união em torno do Clube, não estou obrigatoriamente a falar de unanimismos.

Em democracia, prevalecem as urnas. Sei que no Sporting Clube de Portugal, como em qualquer clube ou instituição que se paute pelas regras da democracia, existe sempre, e ainda bem, quem discorde e apresente até soluções. O que é decididamente importante, até para fazer crescer quem lidera, que como qualquer humano erra. É essa a condição do humano, seja ele qual for. 

Eu não estaria de bem com a minha consciência, e quem me conhece sabe que tenho sido voz pouco com tanta coisa no passado recente e até menos recente, se criticasse quem não segue concordante com as decisões do actual Conselho Directivo.

Discordar, repito, é sempre bem-vindo, se com a apresentação de soluções e não com o bafiento da insurreição porque sim. Para isso comigo não contam. Nem agora, nem anteriormente.

No domingo muitos Sportinguistas manifestaram-se contra o estado actual do Clube. Nada contra quem se manifesta, se ordeiramente. Tudo contra quem extrapola para o insulto, para a agressão a dirigentes e neste caso, até a filhos adolescentes desses mesmos dirigentes. Se os fundadores, aquele grupo de jovens de então, que à época quiseram um Sporting CP grande, tão grande como os maiores da Europa, ressuscitassem, seria com manifesta tristeza que achariam possível este estado de coisas.

Não existe acto mais desprezível do que cuspir em alguém, quanto mais numa criança. E isso aconteceu no passado domingo no tempo que mediou entre o jogo de futsal ante o eterno rival e o jogo de futebol frente ao Portimonense SC. É mesmo tudo o que o nosso Sporting CP não precisa. Precisa sempre de opinião. Essa faz-nos crescer. Já a agressão e o insulto, esses fazem-nos regredir. E o caminho do futuro do SCP não se faz sem existir paz. Quem sou eu, que não um mero associado com mais de quatro décadas para dar conselhos a alguém. Aliás, nem preciso de dar conselhos quando está em equação o nosso Grande Amor.

Acabem com isto. Que o nosso ‘ista’ seja apenas e só o de Sportinguista. Acima de todo e cada um de nós, só mesmo o Sporting CP. Que se erradique de vez a violência e o insulto. Não é esse o nosso ADN, nem nunca foi. Quem não pensar assim estará seguramente a mais no Clube de Stromp!

 

NÃO!!! NÃO!!! NÃO!!!

Por Tito Arantes Fontes
13 Fev, 2020

O SCP é dos Sócios! E os Sócios têm de ser respeitados! E, por isso, temos de respeitar os Órgãos Sociais

Foi muito grave o que se passou no domingo em Alvalade! Foi mesmo muito grave!

Dois membros da Direcção do Sporting Clube de Portugal, depois da excelente vitória no futsal sobre o eterno rival e antes do jogo com o Portimonense SC, foram cobardemente agredidos! Filipe Osório de Castro e Miguel Afonso!

Dois dirigentes eleitos pela massa associativa deste gigante Clube! Eleitos democraticamente! Eleitos de acordo com os Estatutos do nosso Clube! 
Ora, os Estatutos do SCP são para respeitar e para cumprir! Todos nós, Sócios, temos esse dever! É – aliás – um “dever” com D maiúsculo! É, pois, um Dever! E temos, aliás, mais deveres… desde logo outro maiúsculo Dever! É o Dever de respeitar os Sócios do SCP! Os nossos consócios! E de respeitar a vontade e as decisões da maioria dos Sócios! O SCP é dos Sócios! E os Sócios têm de ser respeitados! E, por isso, temos de respeitar os Órgãos Sociais eleitos nas últimas eleições, há cerca de ano e meio! Pelos Sócios e de acordo com os Estatutos do SCP!

Agredir dirigentes eleitos democraticamente é uma falta grave! Gravíssima! É insuportável! É intolerável!

O presidente Frederico Varandas disse na segunda-feira na televisão que há câmaras de videovigilância que captaram imagens do incidente. E que nessas imagens se conseguem identificar pelo menos dois dos três agressores! Pois que todos esses elementos sejam canalizados e entregues às autoridades que estão a investigar, de modo a que se imputem responsabilidades a quem tão lamentavelmente prevaricou. Essas do foro criminal. E as do foro disciplinar? Pois que também o Conselho Fiscal e Disciplinar seja chamado a intervir para instruir processo e, disciplinarmente, de acordo com os Estatutos, enquadrar a situação. E punir a mesma! Com pena de expulsão, se – depois da instrução processual – assim vier a ser entendido.

Mas houve mais factos a lamentar neste grave e reprovável incidente de domingo! Refiro-me muito especialmente à jovem menor de idade que não só assistiu à agressão a que foi sujeito o seu pai (Miguel Afonso), como – se não fosse já suficiente – foi cuspida por três vezes na cara! Uma jovem menor de 16 anos! Isto é bárbaro! Estes comportamentos são próprios da barbárie! E é nisto que alguns querem transformar o nosso amado Clube!

A resposta é só uma: NÃO! NÃO! NÃO!!! Não passarão!!! Não passarão mesmo!!! 

A minha solidariedade com Miguel Afonso (e sua filha) e com Filipe Osório de Castro é TOTAL!!! E também com o profissional ARD que estava de segurança no Estádio e que também foi agredido.

Temos de expurgar este tipo de comportamentos do SCP!

Diz-se que estes três agressores estão conectados com a Juventude Leonina (JL)… se assim for, como parece, mais um episódio lamentável da gente que se acoitou nessa nossa claque! Essa JL que – aquando da sua fundação e nos anos seguintes – tanto nos orgulhava! Essa JL transformou-se… desgraçadamente para pior! Muito pior! Não pode ser! Assim não! Depois de tudo o que aconteceu, depois máxime de Alcochete… isto? Agora isto? NÃO!!! NÃO!!! NÃO!!!

Ir ao nosso Estádio, ir ao Pavilhão, assistir a jogos das modalidades e/ou de futebol não pode ser visto pelas nossas famílias como uma ida para a “guerra”… para as “trincheiras”! Não pode! 

Cabe, nesta hora, à JL dar um exemplo de puro Sportinguismo! De amor ao Clube! Cabe-lhe apresentar-se, mostrar a cara dos seus actuais dirigentes e formular um pedido de desculpas imediato ao SCP e à sua grandiosa massa associativa! Há que começar por algum lado! E deve ser a JL a dar esse passo! Acabando também com as palavras de ordem e cânticos que provocam os Sócios no Estádio José Alvalade… Sócios esses que respondem à própria da JL com monumentais vaias e assobios! Há que acabar com este clima! Tem a palavra para esse necessário mea culpa a própria da JL! 

VIVA O SPORTING CLUBE DE PORTUGAL!!!!

P.S. 1 – A Mesa da Assembleia Geral tomou hoje (dia em que escrevo) a decisão de não convocar a solicitada Assembleia Geral destitutiva. Foi uma decisão de grande coragem. Justificada de modo exaustivo. Ponderada, muito ponderada! Temos PMAG e temos MAG! E isso é fundamental para o SCP!!!

P.S. 2 – E a tomada de posição da MAG, em comunicado assinado por todos os seus membros efectivos e com uma conferência de imprensa em que também os cinco elementos da MAG estiveram presentes, desmentiu cabalmente as notícias falsas que “A Bola” – outrora, há várias décadas, um jornal de referência do desporto português – falsamente papagueou sobre as fracturas existentes na MAG. Essas mentiras deram inclusive azo a uma capa vergonhosa desse jornal no passado dia 7 Fevereiro. Lamentável. Onde vai “A Bola”? Onde vai o prestígio que conquistou? Perdido, irremediavelmente perdido…

24 ANOS DEPOIS

Por Rahim Ahamad
06 Fev, 2020

O retorno desta modalidade 24 ANOS DEPOIS tem gerado as maiores médias de assistências no pavilhão João Rocha especialmente junto de um público mais vasto e variado, onde predominam tantas e tantas crianças junto dos seus familiares

Foi com especial emoção que todos os Sportinguistas viveram no passado sábado, num pavilhão João Rocha completamente cheio, o jogo entre as equipas de basquetebol profissional masculino do SPORTING CLUBE DE PORTUGAL e do SL Benfica.

Foi o regresso 24 ANOS DEPOIS do dérbi a nossa casa!

Um regresso onde a nossa equipa foi capaz de demonstrar uma excelente atitude e um compromisso em campo que resultou numa vibrante vitória e na liderança isolada do campeonato nacional.

O facto é que o retorno desta modalidade 24 ANOS DEPOIS tem gerado as maiores médias de assistências no pavilhão João Rocha especialmente junto de um público mais vasto e variado, onde predominam tantas e tantas crianças junto dos seus familiares. Aqui se vê a importância do eclectismo num Clube como o nosso. Por isso somos tão diferentes e “Eles” sabem lá o porquê... Nunca saberão.

Um regresso 24 ANOS DEPOIS que já se tornou num verdadeiro caso de sucesso não só ao nível de assistências pelo país fora como de audiências na SPORTING TV.

E tudo isto não seria possível sem o trabalho desta Direcção e em particular do Miguel Afonso, ex-praticante da modalidade e ex-atleta da nossa formação, que conseguiu torná-la uma realidade. Colocar o SPORTING CP directamente na primeira liga, construir toda uma estrutura profissional assente numa secção experiente, uma equipa técnica competente e um plantel que nos permite competir pelos títulos, tudo isto a partir do zero e num tão curto espaço de tempo, é obra! E ainda bem! 24 ANOS DEPOIS!

ONDE OS VILÕES SÃO OS HERÓIS
Hoje vemos conhecidas séries como a “Casa de Papel” e no nosso subconsciente aceitamos que os “maus” consigam o sucesso porque os “bons”, esses, serão sempre os fracos. Ou ainda o filme favorito para os óscares deste ano, onde o “Joker” se torna mais relevante que o “Batman”. Em suma, enredos fictícios ONDE OS VILÕES SÃO OS HERÓIS.

Mas o que temos TODOS de perceber é que estamos a falar de ficção e não de realidade. Porque a realidade merece muito mais dos principais intervenientes do espectáculo. Merece credibilização, mais competência, constante luta pela verdade, pelos valores éticos e morais, pelo respeito e por uma indústria mais séria e com menos suspeição.

Porque ONDE OS VILÕES SÃO OS HERÓIS deveria acontecer só mesmo nas séries de TV e no cinema… ou será que não?

Conteúdo bloqueado
Tenha acesso a conteúdos Exclusivos apenas para utilizadores registados e conteúdos PREMIUM para sócios registados.

Foi bonita a festa, pá!

Por Juvenal Carvalho
06 Fev, 2020

Somos decididamente o exemplo inacabado de um clube ecléctico como nenhum outro

A tarde do passado sábado, dia 1 de Fevereiro de 2020, com um Pavilhão João Rocha ao rubro, não nos trouxe à memória uma frase batida, como muito bem cantava o também Sportinguista Sérgio Godinho no seu "Vagalume".

Trouxe-nos sim à memória o regresso do dérbi dos dérbis no basquetebol, um quarto de século depois, num pavilhão com um ambiente "à Sporting CP" a fazer as delícias dos dois milhares e meio de Leões que vibraram com uma estrondosa vitória sobre o eterno rival. Num ambiente único e que provou que os Sportinguistas não só gostam do Clube, como também do basquetebol, e que teve ainda a particularidade de muitos dos presentes no pavilhão nem serem nascidos aquando da extinção da modalidade em 1995, ainda mais impacto e brilhantismo teve.

Além do jogo, o Sporting CP provou que tem memória e que tem história. E decidiu homenagear, com plena justiça, o último director da modalidade antes da extinção. Edgar Vital, antigo jogador, treinador e dirigente, de quem eu tive o privilégio de ter sido seu braço direito anos a fio, e que é o homem que mais anos tem de basquetebol na história do Clube, foi galardoado. Estava dado o mote. Os comandados pelo coach Luís Magalhães também quiseram entrar na homenagem a esta lenda da modalidade. 

E sob o comando dos bases Ty Toney, Diogo Ventura e Francisco Amiel, com o cerebral e pendular James Ellisor, com o "monstro" Abdul Abu a varrer as tabelas, com os tão úteis quanto lutadores Cláudio Fonseca e João Fernandes, com o atirador Pedro Catarino, e com o 'one man show' Travante Williams a partir literalmente tudo, foi feita história muitos anos depois, com o reencontro em casa com o eterno rival a ser marcado por uma histórica vitória (81-75).

Se no início falei de Sérgio Godinho, para o fim parafraseio Chico Buarque, com o tão seu: "foi bonita a festa, pá".

Sobretudo aquela que foi a alegria daquele menino, que marcou um momento de televisão único, com foros de viral nas redes sociais, ao festejar o último cesto do Sporting CP no jogo, a bater com a mão do lado do coração e a mostrar o emblema de lágrima no olho. Só pela alegria daquela criança, bem como de outros jovens, mas sobretudo de todos os Leões presentes, e não só, valeu a pena.

Que esta tenha sido a primeira das muitas vitórias que este projecto bem conseguido nos tenha trazido. Uma certeza tenho: O Sporting CP precisava de ter basquetebol. O basquetebol precisava de ter o Sporting CP. Não é por acaso que somos, em ano de regresso, o clube com melhor média de assistências nesta modalidade.

Somos decididamente o exemplo inacabado de um clube ecléctico como nenhum outro. Ah, e não menos importante: O mais vitorioso, como diz a História. E que história tem o Sporting CP!

 

Páginas

Subscreva RSS - Opinião