Técnico da equipa B do Sporting CP após triunfo em casa do Portimonense SC por 1-2

João Gião, treinador da equipa B do Sporting CP, fez a análise do jogo e explicou o que entendeu serem as razões para mais um triunfo dos jovens Leões [em casa do Portimonense SC por 1-2], com uma leitura separada em duas partes. 

“Teve dedo de equipa, teve dedo de uma alma tremenda, de uma equipa que não se amedrontou, depois de não ter entrado bem no jogo. O Portimonense foi melhor que nós nos primeiros 20, 25 minutos com um jogo directo, a ganhar as segundas bolas, e ainda com um dos melhores avançados da Liga a segurar e a criar-nos muitos problemas. Soubemos sofrer naquela altura, mantivemo-nos vivos até ao final da primeira parte porque às vezes há fases do jogo em que é assim, é sobreviver. Conseguimos, equilibrámos o jogo a meio da primeira parte e falhámos um penálti no último minuto”, referiu à Sport TV.

O segundo tempo espelhou as melhores virtudes da equipa Leonina, no entender de João Gião, que estava orgulhoso do desempenho colectivo. 

“Entrámos na segunda parte com uma atitude extraordinária, houve dedo da equipa, com uma alma, uma crença muito grande, Depois de estar a perder por 1-0, depois de falhar uma grande penalidade no último minuto da primeira parte, não pusemos a cabeça em baixo, pusemos a cabeça em cima, olhos nos olhos no adversário, encostámos o adversário para trás e acho que é uma segunda parte nossa, com onze, com dez, depois outra vez dez para dez. A única palavra que me vem à cabeça é o orgulho na alma e entrega que eles tiveram hoje”.  

Fazer o que melhor a equipa sabe conduziu a uma vitória também preparada no intervalo, com um discurso de que era possível dar a volta ao resultado. “Era importante ganhar o jogo, o Sporting CP tem de entrar em todos os campos com esta mentalidade, para ganhar o jogo e foi isso que lhes disse [aos jogadores] ao intervalo. Vamos olhar olhos nos olhos e vamos ‘para cima’ deles para tentar não é empatar, mas ganhar o jogo, porque se formos bons no que somos bons, vamos conseguir. Fomos”.

João Gião também falou de grupo como um todo e dos excelentes contributos de quem saiu do banco e foi lançado na segunda parte. “Quem entrou a partir do banco entrou muito bem, para além disso tivemos três estreias na segunda Liga, o Paulo Cardoso, o Rómulo e o Pires [Guilherme] mais três jovens que lançámos num patamar competitivo diferente para nós este ano e isso para nós é o mais importante, e é continuar o nosso caminho, independentemente da tabela classificativa. A atitude, o processo, aquilo que vi hoje individualmente, isso é que me deixa orgulhoso, mais do que o resultado”.

Salvador Blopa, homem do jogo em Portimão, também falou à Sport TV. “Não foi a minha entrada, mas a mentalidade da equipa. Entrámos na segunda parte em desvantagem no marcador, tivemos a mentalidade certa, infelizmente tivemos uma expulsão, mas com a resposta da equipa conseguimos fazer o primeiro [golo] e conseguimos fazer também o segundo [golo]”. 

O marcador do golo da vitória da equipa B do Sporting CP frisou que “esta Liga é complicada, sempre com jogos difíceis”, e vincou a atitude vencedora da formação Leonina como chave da vitória. “A mentalidade que a equipa ‘carregou’ desde a expulsão. Corremos todos por todos e foi essa a razão de termos conseguido os três pontos. Ficámos muito felizes por sair daqui com os três pontos. Só dependemos de nós para fazermos grandes jogos jornada a jornada”.

Sobre o cenário de, como todos os atletas, querer chegar ao plantel principal orientado por Rui Borges, Salvador Blopa referiu. “O meu objectivo, como é óbvio, é chegar à equipa A, mas o que penso é ajudar a equipa, jogue os minutos que jogar e estou muito bem aqui [equipa B do Sporting CP]”.