Luís Martins elogiou a capacidade ofensiva da equipa, mas lamentou os erros em jogo marcado por quatro golos sofridos de bola parada

Luís Martins apontou os erros defensivos como principal razão para a derrota em Coimbra, diante da Académica, por 4-2: "Foi um jogo bem ofensivo e que resultou num espectáculo que as pessoas gostaram. Estivemos muito bem no processo ofensivo, os problemas no processo defensivo fizeram-nos perder o jogo", explicou antes de realçar que a desvantagem que a Académica tinha para o Sporting (agora ultrapassou os de Alvalade) não era exemplificativa: "Jogámos bem contra um adversário forte. A Académica não é o que aparece na tabela".

Cristian Ponde, o luso-romeno da equipa B leonina, deu o mote para a deslocação da oitava jornada, na próxima quarta-feira: "Era um jogo difícil, sabíamos que íamos ter dificuldades. Infelizmente não foi possível. Com o trabalho que vínhamos fazendo, sabemos que podemos procurar sempre os três pontos. Há que encarar o jogo em Arouca com o mesmo pensamento, o de trazer os três pontos". 

Bola parada fez a diferença para a primeira derrota fora de portas

Ao quarto jogo fora de portas, o Sporting CP B perdeu. A Académica de Coimbra levou a melhor sobre os leões na jornada 7 da Ledman LigaPro, vencendo por 4-2. A eficiência na bola parada foi determinante.

Luís Martins voltou a apostar num 4x4x2, com Ponde e Dala na frente (ainda que com Ponde a baixar para a posição 10 muitas vezes), ajudados pelos extremos Ary Papel e Jovane Cabral, mas foi a Académica a entrar da melhor maneira no jogo, conseguindo adiantar-se no marcador logo aos três minutos. João Real cabeceou com sucesso para a baliza de Pedro Silva.

Não foi preciso esperar muito para assistir à resposta do Sporting. Cristian Ponde não desperdiçou a oportunidade em grande penalidade, após falta sobre Rafael Barbosa, e igualou a partida aos sete minutos.

O perigo regressou à baliza de Pedro Silva aos 22’, com um remate perigoso após canto. Novamente a bola parada a ter efeito no decurso do jogo. Até aos 40’, a Briosa manteve algum ascendente na partida, sendo que, aos 34’, Pedro Silva brilhou entre os postes para negar o golo de livre a Harramiz.

Aos 43’, assistiu-se a uma boa arrancada de Gelson Dala. O avançado angolano serviu Jovane Cabral, mas o guardião da Académica negou o tiro que daria avanço aos leões. Dois minutos volvidos e Jovane voltou a assustar, rematando por cima, depois de conquistar o esférico fora da área. Ora, quem não marca, sofre. Ao ‘cair do pano’ (45+2’), Ricardo Dias cabeceou para o segundo tento dos ‘estudantes’, finalizando competentemente após livre lateral.

A reacção à desvantagem antes do intervalo foi pronta. Pedro Silva ainda evitou males maiores após novo livre, mas Cristian Ponde bisou na partida, finalizando, aos 50’, depois de assistência de Jovane Cabral.

Ainda assim, a igualdade não durou muito. Ricardo Dias também quis marcar dois golos e, aos 53’, fez o terceiro para os visitados, uma vez mais com a bola parada a resultar. A Académica de Coimbra faria o quarto, aos 55’, através de livre directo. O remate de Nélson Pedroso não deixou margem de hipótese a Pedro Silva.

Até final, o guardião leonino foi chamado a intervir aos 73’ e, mesmo com o Sporting CP a dar luta e a procurar reduzir distâncias, era notório o conforto do resultado para a equipa de Coimbra.

Depois de triunfar na Covilhã e em Massamá e empatar na Madeira, diante do União, o Sporting CP B foi derrotado pela primeira vez em jogos fora, acumulando agora três jogos sem o sabor da vitória. Ficando a aguardar pelo desfecho da jornada, os verdes e brancos sabem já que caíram uma posição, mediante a ultrapassagem da Académica na tabela classificativa.

Na quarta-feira, o Sporting CP B defronta fora o Arouca.

Luís Martins não quis comentar a expulsão e o penálti a favor do Gil Vicente, preferindo vincar o comportamento dos jogadores para a discussão do resultado

Luís Martins não expressava desilusão com o comportamento dos atletas na derrota caseira, por 1-0, diante do Gil Vicente. Antes pelo contrário, o técnico preferiu elogiar a evolução e o esforço da equipa: "Até à expulsão, estivemos por cima do jogo. Há que saudar a atitude guerreira dos jogadores, mesmo perante as adversidades, quer o penálti que o cartão vermelho. Defendemos os valores intransigentes do Sporting CP. Lutámos pelo resultado, pena não aproveitarmos algumas das oportunidades que criámos.Tivemos qualidade de jogo, fomos guerreiros. Queremos respirar confiança em todos os jogos e vamos lutar pelos resultados como sempre fizemos até aqui".

Jorge Casquilha, treinador dos de Barcelos, apontou o vento como uma barreira. O treinador verde e branco não se escudou nesse vector nem em outros factos além-jogo: "Não vamos comentar o vento ou os outros factores externos. Não comento a arbitragem de hoje. A equipa de arbitragem é soberana. Prefiro valorizar que hoje os jogadores cresceram. Existem motivos para falar, mas não o vamos fazer".

O capitão Ivanildo Fernandes desvalorizou a diferença de idades e a experiência, vincando que a equipa permanece confiante para o resto da temporada: "Estamos muito comprometidos uns com os outros. A segunda parte foi mais difícil devido à expulsão. Vamos trabalhar no próximo fim-de-semana para trazermos de Coimbra os três pontos. Não foi pela questão da experiência que perdemos. Também temos jogadores experientes e alguns deles internacionais".

Sporting B comandou territorialmente, mas não conseguiu aproveitar as poucas oportunidades de jogo. Boa resposta, ainda assim, às adversidades da partida

O Gil Vicente triunfou por 1-0 em Alcochete na sexta jornada da Ledman LigaPro, beneficiando de um penálti, logo no princípio do jogo, e da superioridade numérica em quase toda a segunda parte.

A partida iniciou com a melhor oportunidade do Sporting CP em todo o jogo. Após canto, Rui Sacramento ficou distante da bola e foi um alívio na confusão da área que evitou o desvio vencedor.

Aos cinco, a resposta do Gil Vicente fez-se com golo. Rui Miguel cobrou uma grande penalidade, conquistada após um remate que embateu no braço de Ary Papel, extremo na altura em tarefas defensivas. O lance é duvidoso e as bancadas de Alcochete mais se insurgiram quando, aos 12', Pedro Delgado desfere um remate semelhante na outra área. Desta feita, a barreira do braço oponente não foi considerada intencional.

O Sporting CP reagiu bem à adversidade e viveu o seu melhor momento. Aos 14', Pedro Delgado apontou de longe, mas a mira falhou por pouco, ele que rompia com facilidade em zonas interiores partindo da direita. Aos 19', de novo Delgado a obrigar Sacramento a uma boa estirada em livre directo. Aos 25' e 27', a opção de Sualehe a lateral-esquerdo deu frutos momentaneamente, com dois bons cruzamentos em jogadas de envolvimento. Dala esteve perto de empatar o jogo.

Paz garantia estabilidade na direita, Sualehe arrancava na esquerda e o Sporting CP dominava territorialmente, perante um Gil Vicente focado na transição ofensiva e no uso quaso exclusivo dos corredores laterais. Ainda assim, os leões não conseguiam furar o bloco entre linhas, já que Ponde continuava a não dar sucessão, na posição de segundo avançado, aos passes de Barbosa, Delgado e Bubacar Djaló.

Aos 30', Kiki cabeceou com perigo e, também de livre, Tinoco perigou Stojkovic, chegando ao intervalo a vantagem dos de Barcelos.

Ary Papel começou a aparecer no jogo, galgando metros na ala esquerda. Delgado voltou a ficar perto do golo em novo cruzamento rasteiro, isto antes de Stojkovic ser chamado à defesa da tarde aos 50'.

A supremacia dos verdes e brancos dissipou-se a partir dos 56' com a expulsão de Kiki. O central foi imprudente na abordagem e Fábio Piló considerou a entrada violenta o suficiente para um cartão vermelho. Luís Martins ajustou a equipa, deixando três na frente, abdicando do segundo avançado.

O Gil Vicente não procurou aumentar a vantagem, tentando conservar a posse de bola. Luís Martins percebeu-o e apostou em Pedro Marques e em Kenedy, deixando Barbosa e Delgado sem trinco num miolo criativo, claramente com a intenção de que o esquerdino ganhasse espaço com a condução de bola. No entanto, só aos 85' o perigo regressou. Rui Sacramento sacudiu mal um canto da direita cobrado por Delgado e Merih Demiral ficou perto do empate.

Os visitantes ainda dispuseram de duas oportunidades, mas Jonathan não aproveitou o risco total dos leões em busca de pelo menos um ponto.

A partida primou pelas quezílias e a capacidade individual acabou condicionada pela estratégia defensiva dos de Barcelos, que agora ultrapassam o Sporting CP na tabela, passando a ocupar o quarto posto.

Depois do empate na Madeira, diante do União, o Sporting CP volta a não vencer, descendo ao sexto posto, ainda como melhor equipa B.  A 16 de Setembro, há a deslocação a Coimbra para o embate com a Académica.

Bis de Rafael Leão na primeira parte foi insuficiente para arrecadar a vitória frente ao União da Madeira

O Sporting CP B não foi além do empate (2-2), neste domingo à tarde, frente ao União da Madeira, no reduto dos madeirenses. 

Ao contrário do sucedido nos dois últimos jogos dos bês verdes e brancos, em que a equipa de Luís Martins começou a perder, mas acabou por vencer, desta feita foi mesmo o colectivo leonino o primeiro a marcar, e bem cedo: aos 9', Rafael Leão, que ainda é júnior, inaugurou o marcador. Em vantagem, a equipa de Alcochete prosseguiu à procura de mais e chegou mesmo a dilatar a vantagem, novamente por Rafael Leão, agora aos 35', confirmando o lugar de destaque que tem ocupado nesta início de temporada.

Com o intervalo a chegar com 2-0 para os jovens leões, dificilmente se imaginaria o que se veio a suceder na segunda parte, em que a equipa da casa apareceu revigorada e bem superior ao nível em que tinha estado no primeiro tempo. Dessa forma, foi também aos 9', como o primeiro golo do encontro, que surgiu o 2-1, por Betinho... que há dois anos representava precisamente a equipa B do Sporting CP. Até final, o União da Madeira conseguiu mesmo a igualdade, por Gonçalo Abreu, confirmando uma regra pouco comum: nesta época, nos jogos dos bês leoninos, quem marcou primeiro... nunca ganhou.

O conjunto de Luís Martins soma agora 10 pontos à quarta jornada, seguindo-se uma recepção ao Gil Vicente, dia 10 de Setembro.

Luís Martins destacou o compromisso dos seus jogadores em mais uma reviravolta que culminou numa vitória para os leões

O Sporting CP B conseguiu nesta quarta-feira à tarde a segunda 'remontada' consecutiva na temporada, somando já três, no triunfo por 2-1 frente ao Cova da Piedade. Luís Martins, técnico da equipa, sublinhou que para virar tantos resultados é preciso uma grande união, mas que mais importante do que virar um jogo é mesmo ganhá-lo.

"Convém realçar a atitude que os jogadores têm, mas o que nos importa mesmo é chegar ao fim e ganhar, seja através de uma reviravolta ou como for. Conseguimo-lo com alguma qualidade, sendo uma equipa comprometida", afirmou, destacando Pedro Delgado e a pontuação nesta Ledman LigaPro: "Estes nove pontos deixam-nos satisfeitos ao fim de quatro pontos. É fundamental fazer golos, o Cova da Piedade podia tê-los feito também, mas felizmente o Pedro Delgado mostrou que é possível sair de uma situação difícil para uma melhor".

Já Ivanildo Fernandes, defesa-central da equipa verde e branca, explicou um pouco do que leva os jovens leões a conseguir tantas vezes virar o rumo dos jogos, deixando elogios aos seus colegas. "Foi uma nova reviravolta e quero salientar a atitude da equipa. Sabíamos que seria um jogo em que tinhamos de ter bastante paciência porque o Cova da Piedade é uma equipa com bastante experiência. Somos uma equipa bastante lutadora, unida e o facto de virarmos três jogos demonstra que estamos preparados para lutar pelos nossos objectivos", apontou, virando desde logo o foco para a próxima partida, contra o União da Madeira: "Sabemos que a deslocação à Madeira é sempre difícil, mas procuramos sempre os três pontos", concluiu. 

Sporting B venceu o C. Piedade (2-1) e igualou o melhor arranque de sempre com nove pontos em quatro jornadas

Parece mentira, mas já se tornou um hábito. O Sporting B venceu o C. Piedade por 2-1 na quarta jornada da Ledman LigaPro depois de ter estado em desvantagem. Pedro Delgado (54') e Rafael Leão (74') operaram a reviravolta dos verdes e brancos, que com nove pontos conquistados em quatro jogos igualam o melhor arranque de sempre de uma equipa B leonina (2011/2012 e 2014/2015).

Durante 45 minutos, os adeptos esperaram expectantes por um rasgo que balançasse o tabuleiro de xadrez. Aos 15’, os mais sonolentos despertaram com o ‘golo’ do Cova da Piedade. Na sequência de uma bola parada, Stojkovic sentiu as suas redes abanarem depois de um cabeceamento/desvio. Quando os forasteiros já cantavam de galo, o auxiliar não teve piedade (perceberam a brincadeira?), assinalando fora-de-jogo. Por esta altura, o lado preferencial do Sporting B para atacar era claramente o esquerdo, muito por culpa do excelente entendimento demonstrado entre David Sualehe e Jovane Cabral – o lateral pisou terrenos adiantados várias vezes com o intuito de desequilibrar. Por isso mesmo, ninguém estranhou o facto de o lance mais perigoso desta etapa ter surgido pelo corredor canhoto: Rafael Barbosa, com um passe primoroso, deixou Jovane na cara do guarda-redes Pedro Alves, tendo Adilson recorrido à falta – o único meio possível – para evitar o 1-0. Sem surpresas, o árbitro apontou para a marca do castigo máximo (26’). Chamado ao calor dos holofotes, Pedro Delgado acusou a pressão, permitindo ao guardião adversário roubar-lhe o papel de protagonista à primeira e à segunda tentativa. Ou seja, na recarga. O especialista do Cova da Piedade nas grandes penalidades (defendeu uma mão cheia delas na temporada passada), 'gritou' que não queria ter a fama sem o proveito e forçou o empate ao intervalo.

Tudo aquilo que não aconteceu antes ficou reservado para a etapa complementar. ‘Gritos, cânticos, olés’, parafraseando o anúncio. E, claro, o mais importante: festejos. A abrir o segundo tempo, Shimabuku (podemos repetir: Shimabuku) abriu o activo, dando o melhor seguimento ao bonito 'desenho' pintado pelo conjunto de João Fernandes. Veio do Brasil, terra Natal do marcador, a inspiração para um bom remate cruzado fora da área (49’). Irritados por estarem em desvantagem perante os seus adeptos, os leões só demoraram cinco minutos a repor a igualdade, sendo que a beleza da jogada que ‘consagrou’ Pedro Delgado não foi inferior à do adversário. Para não variar, foi Sualehe a levar a equipa para a frente e a combinar com o médio leonino, que anda de ‘pé quente’. No meio-campo, Miguel Luís ainda se está a habituar à posição seis, lugar que não lhe permite fazer a diferença perto da baliza. No entanto, o júnior campeão nacional não esqueceu os velhos hábitos. Ora, aos 75’, lá estava ele para oferecer o golo de bandeja ao amigo Rafael Leão.

Nova reviravolta. É isto, pela terceira vez, numa liga que vai na quarta jornada. Pelos mesmos números, do mesmo modo. Os amantes das teorias da conspiração vão até dizer que Pedro Marques não marcou em cima do apito final para não quebrar a ‘tradição’ (risos). Costumes à parte, a verdade é que, com este triunfo, os comandados de Luís Martins igualaram o melhor registo de sempre de equipas B (2011/2012 e 2014/2015): nove pontos conquistados em quatro partidas disputadas. Nada mau.

Sporting CP B derrotou o Real Massamá no reduto adversário por 2-1, com dois golos nos últimos minutos

A equipa B leonina regressou neste domingo de manhã às vitórias, vencendo por 2-1 o Real Massamá, fora de portas, com dois golos conseguidos na recta final da partida, por Pedro Marques e Pedro Delgado, tendo sofrido já na segunda parte.

O jogo foi sempre muito disputado e a primeira parte foi especialmente bem jogada, com ocasiões divididas pelas duas formações. A primeira jogada de perigo surgiu numa transição rápida do Sporting CP B, com a bola a sobrar para Ponde, que viu o seu remate ser-lhe intercetado, seguindo-se o conjunto de Pedro Ferreira através de José Pedro, de bastante longe, aos 16’, mas sem acertar no alvo. Miguel Luís e Rafael Barbosa, voltaram a tentar para os leões; do lado contrário, o Real também rematou por várias vezes, mas só numa acertou no alvo e Stojkovic esteve bem.

O segundo tempo, talvez pelo muito calor que se fez sentir em Massamá, trouxe um ritmo mais baixo e menos ocasiões. Foi apenas aos 65’ que a igualdade foi desfeita, na sequência de um livre directo à entrada da área cobrado por Jorge Bernardo com sucesso. A equipa de Luís Martins demorou a reagir, mas as substituições efectuadas pelo técnico leonino surtiram efeito e os últimos minutos foram totalmente dominados pelos visitantes. Aos 77’, depois de um canto e uma insistência de Pedro Delgado, surgiu o primeiro lance de perigo; aos 81’, chegou a melhor ocasião de golo até ao momento, por Pedro Marques, que viu o golo ser-lhe negado por uma grande defesa de Winiston Santos; mas aos 88’ seria de vez, de novo por Pedro Marques, que concretizou uma boa iniciativa de Bruno Paz pela direita.

Sem nenhuma das equipas muito satisfeita com o empate, o jogo abriu no tempo de desconto – foram dados seis minutos por Jorge Sousa – e, já depois de Stojkovic negar o golo a Vinícius, que apareceu isolado na área, o segundo acabou por surgir para os jovens leões, após um livre estudado que terminou em golo de Pedro Delgado. Os instantes finais foram de muita emoção, com Abdu Conté a ser expulso por vermelho directo sem que se tenha entendido exactamente porquê, e o Real Massamá a ainda tentar o empate, mas sem sucesso.

Na flash-interview, António Barão, treinador-adjunto do Sporting CP B, considerou ter-se tratado de um bom jogo e deixou palavras de optimismo em relação ao futuro dos seus jogadores. "Foram duas equipas à procura de ganhar, que trabalharam muito, mas de qualquer maneira no final, julgo que mais com o coração do que com a cabeça, conseguimos dar a volta, que era o nosso objectivo. Os nossos miúdos estão a crescer e têm de continuar com este espírito", disse.

Luís Martins lamentou o desperdício da sua equipa após a derrota frente à formação de Viseu

O treinador do Sporting CP B, Luís Martins, afirmou que foi a diferença na capacidade de finalizar as oportunidades criadas que ditou a derrota desta tarde, no Estádio Aurélio Pereira, na Academia Sporting. “O Ac. Viseu foi mais forte na finalização, mas, apesar disso, quero saudar os meus jogadores pelo empenho e qualidade de jogo. Fomos briosos, além de carácter tivemos qualidade perante um adversário forte, que foi construído para subir de divisão. O Ac. Viseu tem um bom leque de avançados e aproveitou duas situações em que podíamos ter feito melhor. Foi uma derrota que não me deixou insatisfeito no processo, mas deixou-me no produto final”, começou por afirmar, tendo depois realçado que a juventude dos jogadores do Sporting CP não pode servir como desculpa.

“Os jogos de futebol não são decididos pela experiência ou pela juventude. Isso são desculpas, até porque os nossos jogadores também já têm muita experiência. Com certeza que irão evoluir com as vicissitudes que vão defrontar ao longo da época. O que quero ver é carácter, qualidade, disciplina, e isso aconteceu nesta partida. Portanto não tenho de estar completamente insatisfeito, embora se saiba que quem está no Sporting CP quer ganhar sempre. Vamos agora nos reinventar na semana de treinos para que no próximo jogo estejamos ao nível que sabemos que temos capacidade para estar. Não estivemos ao nosso melhor nível frente ao Sp. Covilhã e ganhámos, aqui estivemos a um bom nível e não ganhámos. Esta liga é mesmo assim e vamos agora tentar ganhar o próximo encontro”, finalizou. 

Formação secundária do Sporting CP ainda esteve em vantagem, mas viu o Ac. Viseu ser eficaz e dar a volta ao resultado

A equipa B do Sporting CP sofreu este sábado a primeira derrota na Ledman LigaPro na recepção ao Ac. Viseu (2-1), com a diferença na eficácia a fazer toda a diferença.

Os primeiros minutos decorreram com muito confronto a meio-campo, com ambos os conjuntos a estudarem-se, não querendo cometer erros que pudessem ser fatais. A equipa visitante tinha mais bola e mais iniciativa, embora sem criar qualquer tipo de perigo para as redes à guarda de Stojkovic. Quanto aos leões tentavam apostar no jogo exterior, com os extremos Ary Papel e Jovane Cabral bem abertos nas alas. A primeira jogada digna de registo do conjunto secundário apareceu apenas em cima do primeiro quarto de hora, mas Ary Papel, após boa jogada de entendimento entre Jovane Cabral e Pedro Marques, levou a bola a morrer nas mãos de Peçanha.

A partida continuou muito morna, sendo que o primeiro remate com algum perigo surgiu aos 25 minutos, altura em que Rui Miguel, à entrada da área, tentou colocar a bola, mas esta saiu ao lado do poste direito da baliza defendida por Stojkovic. Praticamente na resposta, os verdes e brancos tiveram ao seu dispor uma grande oportunidade para inaugurar o marcador. Ataque rápido pelo lado direito conduzido por Ary Papel, que deixou a bola para o avançado Pedro Marques e o número 54, com Jovane Cabral completamente sozinho no segundo poste, tentou oferecer-lhe o golo, mas a bola ficou nas pernas de Joel. Em cima do intervalo, o Ac. Viseu causou alguns calafrios à defensiva leonina através de dois lances de bola parada, mas ambas as situações tiveram o mesmo desfecho: bola nas mãos de Stojkovic.

A segunda parte continuou no mesmo registo que a primeira até que aos 53 minutos os leões chegaram à vantagem. Jogada muito rápida de ataque da equipa orientada por Luís Martins, com a envolvência dos médios a ser determinante. Ponde apareceu bem no lado esquerdo e cruzou rasteiro para a área, onde apareceu o capitão Rafael Barbosa a rematar para o fundo das redes. Ainda o Sporting CP festejava o golo e já os visitantes empatavam. A bola foi ao meio, o Ac. Viseu saiu a jogar, arranjou espaço no lado esquerdo, com Paná a entrar solto na área e a entregar a bola a Barry, e o avançado, de costas para a baliza, a assistir Fernando Ferreira, que, à saída de Stojkovic, empatou a partida.

Pouco depois da hora de jogo (61’), os leões ficaram a centímetros de voltar para o comando do resultado através de um livre directo de Pedro Delgado. A equipa da casa estava melhor e, pouco depois, o recém- entrado Rafael Leão, numa jogada individual fantástica em que deixou o defesa pregado ao relvado, rematou forte, mas à figura de Peçanha. Diz a máxima que quem não marca, sofre, e foi isso mesmo que aconteceu em Alcochete (68’). Jogada entre Joel e Yuri, com o último a cruzar largo e a apanhar Fernando Ferreira esquecido pela defensiva leonina ao segundo poste. O experiente médio recebeu a bola e, com toda a calma do mundo, bisou na partida, completando a reviravolta.

Obrigada a correr atrás do prejuízo, a formação de Luís Martins teve de arriscar e ficou perto de tirar os dividendos disso mesmo aos 74 minutos. Grande arrancada de Bruno Paz, sendo apenas parado já dentro de área, e a bola a sobrar para Pedro Delgado, que, de primeira, rematou a rasar a trave.

Luís Martins ainda lançou em campo Miguel Luís e Ronaldo Tavares à procura de chegar ao empate, mas o desgaste físico dos verdes e brancos, em especial do capitão Rafael Barbosa, por quem passou todo o jogo ofensivo, não permitiu uma reacção mais intensa. A equipa secundária do Sporting CP sofreu assim a primeira derrota na Ledman LigaPro, depois de ter ganho na primeira jornada na deslocação ao terreno do Sp. Covilhã (2-1).