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Hóquei em Patins

"Queremos mais do que isto"

Por Jornal Sporting
29 Out, 2015

Reacção de Nuno Lopes ao empate com o OC Barcelos

Nuno Lopes era um treinador naturalmente pouco satisfeito após o empate (3-3) frente ao OC Barcelos. Os ‘leões’ recuperaram de uma desvantagem, estiveram duas vezes na frente do marcador, mas não souberam manter-se na frente do resultado, acabando por conceder a igualdade, perto do final.

“Na primeira parte acho que tivemos alguns desequilíbrios que, felizmente, o nosso guarda-redes apanhou e depois conseguimos rectificar isso. Passámos para a frente, fizemo-lo duas vezes, tínhamos de conservar essa vantagem, ampliá-la, de preferência, mas não o conseguimos fazer. Depois, quem não marca arrisca-se a sofrer, eles marcaram o terceiro, não convertemos de bola parada e o jogo terminou”explicou o técnico ‘leonino’, continuando: “O OC Barcelos tem poucas oportunidades no segundo tempo, tivemos sempre o controlo do jogo e tínhamos de dilatar, mas não o fizemos. Há-de acontecer o contrário durante esta época. Se ganhasse o jogo 3-2 tinha de o aceitar, mas procurámos o 4-2, tivemos oportunidades, mas pronto, temos de aceitar isto assim, infelizmente”.

“Foi uma semana dura, ainda não conseguimos chegar à vitória e é sempre negativo porque queremos mais do que isto”, concluiu Nuno Lopes.

“Foi uma partida ingrata”

Por Jornal Sporting
29 Out, 2015

Declarações de Luís Viana no final da partida frente ao OC Barcelos

No final da partida que terminou com o empate a três bolas entre Sporting e OC Barcelos, Luís Viana lamentou o golo concedido nos últimos minutos do jogo, salientando, ainda assim, o querer que a equipa ‘leonina’ apresentou durante todo o encontro.

“Foi uma partida ingrata porque foi um jogo onde o Sporting, depois de ter conseguido dar a volta à primeira vantagem deles, acabou por conceder o empate. Depois, conseguimos passar para a frente outra vez e, se calhar, se tivéssemos dilatado o marcador novamente, o jogo teria ficado menos difícil. Não o fizemos, houve um lance fortuito onde eles conseguiram o golo e já não conseguimos dar a volta, já era tarde. Mas a entrega e a vontade da equipa estiveram sempre presentes”, salientou o ‘leão’.

Duas vezes em vantagem, duas vezes que o conjunto de Alvalade a perdeu. Para Luís Viana, os ‘leões’ têm pecado na gestão psicológica do jogo, mas a vontade continua lá e será posta em práctica já no próximo sábado.

“Às vezes não é só a vontade que chega, é preciso ter mais cabeça em certos momentos e, se calhar, também temos tido uma pontinha de azar em alguns momentos que não nos está a deixar sair desta fase menos boa que estamos a passar. Mas vamos dar tudo para que isso aconteça o mais rápido possível e temos já um jogo sábado para conquistar os três pontos”, concluiu. 

'Leões' voltam a ceder pontos

Por Jornal Sporting
28 Out, 2015

Sporting empata 3-3 com OC Barcelos, depois de estar duas vezes em vantagem

O Sporting voltou a não conseguir vencer no Campeonato Nacional, desta feita empatando 3-3 com o OC Barcelos, em jogo realizado no Livramento e a contar para a quarta jornada da principal prova do hóquei em patins português.

Os ‘leões’ entraram na partida com a vontade prometida pelo capitão Ricardo Figueira e, desde cedo, procuraram adiantar-se no marcador, protagonizando algumas investidas à baliza à guarda de Ricardo Silva. Ainda assim, foi o OC Barcelos quem se adiantou no marcador, por intermédio do capitão visitante, Luís Querido.

O conjunto ‘verde e branco’ não se deixou ir abaixo e foi em busca do empate, com Ricardo Figueira, de meia distância, e Luís Viana, no interior da área, a colocarem o guardião adversário à prova. O OC Barcelos ainda ameaçou o segundo, mas Girão foi mais forte e negou o golo a João Guimarães, antes de Pedro Mendes atirar ao lado do alvo. O Sporting pressionava e empurrava os visitantes para o seu meio-campo, o que veio a dar frutos, à passagem do minuto 21, com Tuco a bater Ricardo Silva, numa jogada de insistência após remate de Luís Viana que passou muito perto do alvo. Os ‘leões’ motivaram-se com o empate e, pouco depois, deram a volta ao marcador, com um golo de Luís Viana a castigar grande penalidade cometida por Miguel Vieira, que desviou um remate de Tuco com o patim. Antes do intervalo, Pedro Mendes obrigou Girão a grande intervenção, mas o OC Barcelos não desistiu e conseguiu empatar a partida, com Reinaldo Ventura a converter uma grande penalidade cometida por Tuco e a levar o jogo para os balneários com 2-2 no marcador.

O segundo tempo começou e com ele chegou o terceiro tento ‘leonino’: João Pinto pegou na bola no meio-campo ‘verde e branco’, arrancou decidido e, na cara de Ricardo Silva, levantou a bola para desferir um forte remate que só parou no fundo das redes. Com a vantagem do lado do Sporting, o jogo ficou partido e surgiram oportunidades de parte a parte. Hugo Costa, Pedro Mendes e Reinaldo Ventura colocaram o guardião ‘leonino’ à prova e Tuco, dono de uma impressionante meia-distância, a ameaçar o quarto tento para os visitados. O argentino queria o segundo da conta pessoal e, por mais duas vezes, obrigou Ricardo Silva a aplicar-se para evitar novo golo ‘leonino’. Reinaldo Ventura e Miguel Vieira tentaram o empate para o OC Barcelos, mas Girão foi imperial e evitou, por mais duas vezes, o golo aos visitantes, antes de André Centeno aparecer isolado na cara de Ricardo Silva, mas falhar o alvo por muito pouco.

A partida estava animada e o golo podia aparecer para qualquer uma das equipas. Tiago Losna, lançado por Cacau, apareceu frente a frente com Ricardo Silva, mas permitiu a defesa ao guardião de Barcelos. Na jogada seguinte, a formação visitante beneficiou de uma grande penalidade, mas Luís Querido não conseguiu repetir a proeza cometida no primeiro tempo e atirou ao lado da baliza de Girão. Com o encontro a aproximar-se do seu final, Miguel Vieira desperdiçou nova oportunidade junto à baliza ‘leonina’, antes de Reinaldo Ventura, com menos de três minutos por jogar, bater Girão com um remate à entrada da área e reestabelecer o empate, desta feita a três bolas. Na resposta, Tuco voltou a ameaçar de longe, mas o tiro do argentino saiu pouco ao lado do alvo. Os ‘leões’ procuravam o golo que lhes permitisse regressar às vitórias e, a um minuto do fim, Luís Viana dispôs de uma grande penalidade, mas permitiu a defesa a Ricardo Silva. Esta viria mesmo a revelar-se a última oportunidade do encontro que, assim, acabou empatado a três e adiou o regresso às vitórias do conjunto ‘leonino’. 

“Queremos vencer com toda a nossa vontade”

Por Jornal Sporting
27 Out, 2015

Ricardo Figueira antevê o regresso dos ‘leões’ ao Livramento, frente ao OC Barcelos

A equipa ‘leonina’ de hóquei em patins volta amanhã à acção, desta feita frente ao OC Barcelos, em jogo a contar para a quarta jornada do Campeonato Nacional. De regresso ao Livramento, os ‘leões’ sabem que terão pela frente um adversário moralizado pelo pleno de vitórias na principal prova do hóquei português, mas estão preparados para as dificuldades, com o capitão Ricardo Figueira a dar voz à sede de vitória ‘verde e branca’.

“Vai ser um jogo com um grau de dificuldade muito alto. O OC Barcelos vem de uma série de resultados muito boa e encontra-se extremamente moralizado. Por outro lado, nós vimos de três resultados negativos e queremos esta vitória com toda a nossa vontade”, afirmou o ‘leão’, que continuou: “O OC Barcelos vai tentar aproveitar o facto de não virmos de uma boa fase para nos desestabilizar psicologicamente, mas vamos estar à altura e saber contornar essas adversidades”.

Depois de três derrotas longe do Livramento, o Sporting está de regresso a casa e nada melhor do que um adversário de grande nível para, com o habitual apoio dos seus fiéis adeptos, responder da melhor forma aos últimos desaires e retomar o desejado caminho das vitórias.

“É sempre bom termos jogos de dificuldade elevada porque ficamos mais alerta e mais concentrados. Sabemos que não podemos falhar em nada e que temos de estar na plenitude das nossas capacidades para superar uma excelente equipa. Vamos ter de esquecer os resultados anteriores sem esquecer os erros cometidos para não os repetirmos e conseguirmos a vitória”, explicou Ricardo Figueira, concluindo: “Queremos demonstrar aos nossos adeptos que a imagem que deixámos nos últimos jogos não é a real e aproveitar o apoio deles para nos motivarmos ainda mais. Vamos jogar em casa, onde temos sido fortes, e esperamos que os adeptos adiram em massa como sempre fizeram. Contamos com eles para dar a volta a esta série de resultados”.

O Sporting-OC Barcelos disputa-se amanhã, às 21h30, no Pavilhão do SC Livramento e terá transmissão em directo e em exclusivo na Sporting TV. 

“Não estivemos emocionalmente estáveis”

Por Jornal Sporting
21 Out, 2015

Análise de Nuno Lopes e Ângelo Girão à derrota na Luz

Nuno Lopes e Ângelo Girão deslocaram-se à sala de imprensa do Pavilhão da Luz após a pesada derrota por 9-0 frente ao Benfica, assumindo que a estratégia do Sporting para a partida falhou mas realçando que é importante dar uma forte resposta já no próximo jogo porque nada está perdido.
 
“Falhámos na estratégia que tínhamos delineado e saímos para o intervalo com dois golos de desvantagem muito consentidos da nossa parte. Na segunda parte, não soubemos gerir emocional e fisicamente o nosso estado e acabámos por fazer aquilo que não poderia ser feito, abrindo o jogo e permitindo ao adversário jogar como gosta”, começou por referir o guarda-redes ‘leonino’.
 
“Sabemos que tínhamos de fazer mais pelo símbolo que carregamos ao peito. Isto não é a equipa de hóquei em patins do Sporting e ficamos em dívida com os adeptos porque não queríamos que nada disto acontecesse”, completou o internacional português.
 
“O que dizer? Acho que o Girão já falou de tudo”, argumentou Nuno Lopes na primeira intervenção, antes de avançar com mais alguns pontos justificativos para tamanha diferença no resultado final: “Voltámos a falhar nas bolas paradas, também por mérito do guarda-redes adversário sobretudo no primeiro livre directo do Luís Viana. Se aparecesse aí um golo, as coisas iriam equilibrar-se. Não estivemos emocionalmente estáveis no jogo e por isso sofremos ‘n’ golos em contra-ataque, o que não é normal. Estivemos em termos emocionais focados nos primeiros dois troféus, ganhámos um (Supertaça de Portugal) e perdemos outro (Taça Continental), mas sabíamos que o risco era grande pelo calendário nesta fase e hoje surgiu a quebra”.
 
“Falta de adeptos? Qualquer equipa sente isso mas temos de estar preparados para jogar em qualquer pavilhão e não é por isso que tivemos este resultado. Se a luta do título acabou? Não, longe disso. Não compromete nada porque foi um jogo que valeu apenas três pontos. Temos de levantar a parte anímica e moral já a partir de amanhã”, concluiu. 

Sporting goleado na Luz

Por Jornal Sporting
21 Out, 2015

Derrota inesperada por 9-0 na terceira jornada do Campeonato

A equipa de hóquei em patins do Sporting saiu hoje com uma pesada derrota do ‘derby’ no Pavilhão da Luz, perdendo com o Benfica por 9-0 numa partida da terceira jornada do Campeonato Nacional da 1.ª Divisão onde o resultado ao intervalo (2-0) e respectivo desenrolar do jogo nos primeiros 25 minutos em não fazia antever o descalabro total na etapa complementar.
 
Com a introdução de Ricardo Figueira no cinco inicial em detrimento de André Centeno, percebeu-se desde cedo o plano estratégico apresentado pelos ‘leões’ para a partida: um conjunto de maior contenção, mais sólido a nível de defesa organizada para travar a provável entrada forte dos visitados e com ataques longos a procurarem a boa meia-distância das unidades mais recuadas e o oportunismo de área de Cacau. E essa aposta táctica, nos primeiros minutos, até trouxe bons resultados: o Benfica foi enveredando muito pelas iniciativas individuais para tentar ultrapassar a muralha contrária e a formação ‘verde e branca’ aproveitou para lançar alguns 'raides' à baliza do sempre seguro Trabal ‘jogando’ com a defesa mais subida (e, com isso, com mais espaços) do adversário.
 
No entanto, o virtuosismo de Nicolia acabou por fazer a diferença aos dez minutos, com o argentino a rematar forte de uma zona lateral e a bater Ângelo Girão pela primeira vez. Já com Luís Viana em pista, os ‘leões’ foram tentando procurar o empate mas o gás já não foi o mesmo e, na sequência de uma falta marcada de forma rápida perto da sua área, João Rodrigues fez prevalecer a superioridade numérica 2x1 e assistiu Torra para o 2-0 aos 17 minutos.
 
Três minutos depois, o Sporting teve a primeira grande janela de oportunidade para reentrar na partida mas fechou a porta por culpa própria: após um cartão azul a Tiago Rafael, Trabal travou com uma grande parada o livre directo de Luís Viana e, em ‘power-play’, a equipa comandada por Nuno Lopes não conseguiu aproveitar a superioridade apesar de remate muito perigoso de Centeno no final desse período. O cenário iria repetir-se com outros contornos no último minuto antes do intervalo: ‘penalty’ de Diogo Rafael sobre Losna e nova oportunidade flagrante falhada, desta vez por Ricardo Figueira.
 
Assim, os ‘leões’ chegavam ao descanso com uma desvantagem de dois golos por culpa de outras tantas falhas momentâneas em termos defensivos e, em paralelo, pela ineficácia nos lances de bola parada, algo que já se arrasta desde a deslocação a Braga.
 
No segundo tempo, e no seguimento de um lance onde Centeno caiu na área adversária sem qualquer infracção assinalada – o resultado é demasiado pesado para desculpas, mas a verdade é que a dupla de arbitragem voltou a ter muitas falhas sobretudo no capítulo das faltas não assinaladas na primeira parte, podendo colocar o Benfica à beira da décima falta antes do intervalo –, Adroher conseguiu tirar uma grande penalidade a Tuco e Marc Torra, ao contrário do que tinha acontecido com os jogadores ‘leoninos’, não perdoou.
 
Cacau ainda comandou a vontade de tentar reduzir a desvantagem, beneficiando de mais uma hipótese flagrante na cara de Trabal, mas sentia-se que o Sporting estava a cair numa espécie de ‘Lei de Muphy’ onde tudo o que podia correr mal correu, expondo-se em demasia em termos defensivos e colocando o Benfica na sua zona de conforto a nível de transições ofensivas. Seria neste aspecto que começaria o descalabro de golos sofridos, com Adroher a bisar num minuto: primeiro, aos sete minutos, na sequência de uma jogada de Nicolia atrás da baliza tirada a papel químico do golo inaugural das ‘águias’ na Supertaça, em Aljustrel (aí marcado por João Rodrigues); depois, com o mesmo argentino a recuperar uma bola perdida após remate de Poka para sair 2x1 e assistir o espanhol para o 4-0.
 
João Pinto, no minuto seguinte, ainda atirou ao poste mas esta não era mesmo uma noite boa e o mesmo ‘Mustang’ acabaria por fazer a décima falta colectiva por alegada simulação num lance onde ficou notório que a dupla de arbitragem reagiu perante os protestos advindos do banco ‘encarnado’ e não à falta-não falta em si (no mínimo, é uma decisão duvidosa). Na transformação, Adroher fez o ‘hat-trick’. Logo no minuto seguinte, Cacau teve também um livre directo mas desperdiçou mais uma chance flagrante num encontro que, a partir daí, deixou de ter história: entre os 12 e os 20 minutos, um bis de João Rodrigues e outro golo de Tiago Rafael sentenciaram o resultado final apesar de mais uma bola na trave, desta feita por Ricardo Figueira, no penúltimo minuto.
 
Em resumo, vitória justa e inequívoca do Benfica, que foi quase sempre melhor equipa e soube aproveitar muito bem a sucessão de erros individuais e colectivos em catadupa do Sporting, sobretudo na segunda parte. Os ‘leões’, que somaram a terceira derrota seguida após os desaires em Braga e em Barcelona, ainda não conseguiram desligar o ‘chip’ dos primeiros dois troféus da temporada (vitória na Supertaça de Portugal, derrota na Taça Continental) e sofreram a mais pesada derrota desde que regressaram como modalidade oficial ao Clube. Foi mau, muito mau. E o importante é haver uma reacção célere a esta fase negativa.
 
Por fim, uma nota final: no desporto, deve-se saber ganhar e perder. Dentro de campo, isso aconteceu; fora dele, ver adeptos ‘encarnados’ à procura de possíveis Sportinguistas nas bancadas, com tentativas de agressões na primeira parte (que obrigaram à intervenção da polícia) e agressões consumadas no segundo tempo (aí sem o surgimento de forças policiais) apenas porque estavam a ver um encontro de hóquei no terreno do rival sem o mínimo de manifestação pró ou contra, é uma mancha que nem os intervenientes nem a modalidade mereciam. Muito maior do que aquelas que caíram na antecâmara da partida, fosse a propósito da ‘rábula’ dos bilhetes ou da nomeação dos árbitros. É por isso também que os pavilhões vão tendo menos pessoas sem necessidade. Lamentável.
 
Com este resultado, o Sporting ocupa o 11.º lugar da classificação com três pontos em três jornadas (uma vitória, duas derrotas, 10-15 em golos). Na próxima jornada, que irá realizar-se na próxima quarta-feira, dia 28, os ‘leões’ recebem o OC Barcelos.

“Esperamos para o ano estar aqui outra vez e ganhar”

Por Jornal Sporting
17 Out, 2015

Análise de João Pinto à derrota do Sporting frente ao Barcelona

João Pinto, autor do único golo do Sporting no Palau Blaugrana mas insuficiente para evitar a derrota dos ‘leões’ por 5-1 e consequente queda do sonho de ganhar a única prova ainda em falta no currículo europeu do hóquei em patins ‘verde e branco’, admitiu que o adversário fez uma exibição consistente mas salientou aquela que foi uma das principais chaves do jogo: as situações de ‘power play’ dos catalães.

“Sabíamos que ia ser um jogo difícil e que com o Barcelona a perder por 2-0 em casa, iria entrar logo a tentar desfazer a desvantagem da primeira mão. Fomos aguentando mas acabámos por sofrer dois golos em situações de ‘power play’, aproveitando para passar para a frente antes do intervalo. Depois tentámos tudo mas fomos infelizes. O factor casa não pesou nada porque tivemos sempre os adeptos connosco”, referiu o desalentado avançado logo após o final do encontro.

“O que matou o jogo foi os golos quando estavam em superioridade numérica porque, se virmos os restantes momentos, não foram melhores em ataque organizado do que nós e na segunda parte só marcaram de bola parada”, complementou em relação ao jogo.

Em paralelo, João Pinto revelou-se orgulhoso da impressionante falange ‘leonina’ que se deslocou ao Palau Blaugrana para dar espectáculo a ‘verde e branco’. “Isto é o Sporting. Estamos habituados a esta simbiose entre adeptos e equipa. Existe uma grande comunhão entre nós e é por isso que viajaram tantas pessoas que nos acompanham há muito tempo. Só o Sporting é capaz de fazer uma coisa destas. Agora esperamos vir cá de novo para o ano, após ganharmos a Taça CERS, e ganhar. Este título é algo importante para o Clube e queríamos vencer para dedicar aos adeptos”, comentou.

“Não marcámos nem contrariámos jogo do Barcelona”

Por Jornal Sporting
17 Out, 2015

Reacção de Ricardo Figueira à derrota no Palau Blaugrana por 5-1

Ricardo Figueira, capitão do Sporting, fez uma análise muito pragmático ao encontro de hoje e aos motivos que levaram à derrota por 5-1 em Barcelona, na segunda mão da Taça Continental: por um lado, faltou agressividade no ataque; por outro, os ‘leões’ nunca conseguiram travar da melhor maneira a forma de jogar muito própria dos catalães.

“O problema é que não conseguimos contrariar de forma eficaz o jogo do Barcelona, que já sabíamos como iria ser: em desvantagem esperávamos um adversário a pressionar, a querer marcar cedo e a empatar a eliminatória, com muita posse, mudanças de flanco e bolas bombeadas para a área, mão não conseguimos evitar os golos, dois quando estavam em ‘under play’. A seguir ao 2-0, a eliminatória estava empatada mas não conseguimos reentrar no jogo. Não procurámos a baliza de forma tão vincada, não arriscámos tanto e com isso o Barcelona foi impondo o seu jogo, ainda para mais em vantagem”, comentou o defesa ‘verde e branco’

“O objectivo não era não sofrer, era marcar golos e contrariar o jogo do Barcelona. No entanto, não conseguimos atingir essa meta. O Barcelona é um junto vencedor e penso que temos muito a aprender com este jogo”, acrescentou o capitão ‘leonino’, antes de garantir que a derrota não fará mossa para o grande objectivo: o Campeonato Nacional.

“É um jogo que tem de pertencer ao passado. Somos profissionais e estamos em várias  competições. É o segundo título que tínhamos em disputa e desta vez perdemos, depois de já termos conquistado a Supertaça de Portugal. Temos de aprender com este jogo e evoluir como equipa, com o objectivo de terminarmos a época com o maior número possível de vitórias. Queremos regressar bem ao Campeonato Nacional”, concluiu.

De referir que, após a partida, o capitão e guarda-redes, Egurrola, deu como chave para a vitória a boa defesa dos catalães na primeira parte, ao mesmo tempo que elogiou a qualidade do Sporting. “Fomos muito intensos a defender e conseguimos desgastar muito o adversário. Foi um jogo difícil mas conseguimos uma vitória justa”, analisou.

O sonho que ficou mesmo a meio

Por Jornal Sporting
17 Out, 2015

Sporting perde Taça Continental após derrota em Barcelona por 5-1

O Sporting não conseguiu hoje conquistar a Taça Continental, único troféu europeu ainda em falta no Museu do Clube, após perder na Catalunha com o Barcelona por 5-1. Depois da vantagem de 2-0 alcançada no Livramento, na primeira mão, os ‘leões’ não conseguiram dar continuidade à grande exibição de há uma semana e acabaram por vacilar em termos estratégicos sobretudo na primeira parte, altura em que alguns erros e desconcentrações defensivas fizeram ruir a intenção de adiar o primeiro golo no jogo. De referir já aqui, no início deste texto, o fabuloso espectáculo que os mais de 200 adeptos ‘leoninos’ deram nas bancadas do Palau Blaugrana. Não foi por falta de apoio que o conjunto ‘verde e branco’ não fez (mais) história. Mas mais, porque é justo destaca-lo: também eles mereciam o seu troféu, ao mostrarem de novo o que é um grande Clube.

O Sporting entrou confiante como os seus adeptos: ataques prolongados, lição bem estudada na defesa, algumas dificuldades em encontrar situações de superioridade numérica. No entanto, e de forma paulatina, o Barcelona começou a subir a primeira linha defensiva com Ordóñez e Pablo Álverez, procurando recuperações de bola logo à saída da área ‘leonina’ e provocando um número elevado de faltas muito cedo. Ainda assim, com mais ou menos dificuldades, os ‘leões’ iam conseguindo controlar as investidas catalãs, fazendo ataques organizados mais longos para fazer ‘respirar’ a equipa, que mantinha a vantagem de 2-0 conseguida no Livramento. O Sporting parecia ter tudo estudado mas acabou por vacilar num particular: os momentos em situação numérica.

Aos onze minutos, Tuco viu o cartão azul e, depois de Girão travar o livre directo de Pablo Álvarez, Ordóñez inaugurou o marcador com um grande lance individual após perda de bola em zona proibida de João Pinto; mais tarde, após o azul a Tiago Losna (na sequência de uma recuperação de Xavi Costa junto à área ‘verde e branca’, Girão voltou a travar o livre directo (desta vez apontado por Gual) mas Lamas, a dois segundos do fim do ‘power play’, converteu o 3-0. Pelo meio, apesar do pecado muitas vezes cometido pelos ‘leões’ de recuar em demasia as linhas defensivas, Ricardo Figueira atirou uma bola ao poste aos 18 minutos, no único lance em que os comandados de Nuno Lopes saíram em vantagem de 3x2, e, no minuto seguinte, Xavi Costa empatou a eliminatória (19’).

Ao intervalo, o Sporting perdera a vantagem conseguida na primeira mão e o Barcelona, com doses de adrenalina anímica por cada golo que marcava, puxava dos galões de bicampeão europeu. Mas isso aconteceu com dose repartida de mérito ‘blaugrana’ e demérito ‘leonino’, com desconcentrações aproveitadas de forma quase cirúrgica e com traços cruéis pelas individualidades catalãs, sobretudo Ordóñez e Xavi Costa.

Na etapa complementar, e com a obrigação de marcar para empatar a eliminatória, os ‘leões’ entraram de foram mais expedita e sobretudo mais objectivos na procura da baliza de Egurrola. Aos três minutos, Luís Viana teve uma oportunidade flagrante de marcar mas não conseguiu converter o livre directo após a décima falta dos visitados; três minutos depois, Cacau não conseguiu enganar o capitão ‘blaugrana’ na cara do golo, na sequência de uma grande arrancada de Tuco (que, antes, quase tinha comprometido com um remate de muito longe captado por Ordóñez mas defendido por Girão).

O jogo parecia lançado o 4-0 do Barcelona, marcado por Gual na sequência de um lance de estratégia em zona central, acabou por transformar as características do encontro, com os visitados a recuperarem aquela confiança abalada pela entrada ‘verde e branca’ (e pelos constantes cânticos dos adeptos Sportinguistas, que deram goleada até em desvantagem). Aos dez minutos, em mais um momento fulcral, Centeno teve a oportunidade de reduzir mas Egurrola voltou a brilhar (fica depois a dúvida sobre uma possível penalidade sobre o número 22 ‘leonino’, que sofreu um empurrão antes de bater no poste).

(E agora um parênteses pertinente nesta crónica: durante 38 minutos os adeptos catalães, em casa, a jogar a conquista de um troféu europeu, foram ridicularizados pelos mais de 200 adeptos fervorosos e apaixonados ‘verde e brancos’. E quando quiseram dar sinais de vida? Primeiro num lance em que João Pinto se embrulhou com Ordóñez; depois, quando ouviram do topo do Palau Blaugurana um enorme ‘Síííííí’, seguido da música de um dos maiores produtos de sempre da formação do Clube, Cristiano Ronaldo. Cada um é como cada qual mas a grandeza das maiores potências desportivas da Europa também deve ser medida por estes aspectos e o Sporting mostrou, mais uma vez, que é muito grande. Enorme mesmo. O maior de todos. E isso deve ficar registado).

Regressando ao jogo, a segunda metade da etapa complementar decaiu em termos de qualidade e teve mais picardias e lances quezilentos mas nem por isso a formação de Nuno Lopes deixou de procurar o golo que permitisse a reentrada no encontro. Viana, de novo de bola parada, teve a grande oportunidade a dez minutos do fim mas Egurrola voltou a ser gigante (neste caso, também na baliza) e travou com o pé o remate do avançado. Dois minutos depois, foi Panadero a ter também um ‘penalty’ após falta sofrida pelo próprio na área: na primeira oportunidade, Girão defendeu; na repetição, o guarda-redes travou a bola mas esta caiu caprichosamente para dentro da baliza.

A partida ficou logo aí sentenciada, apesar das inúmeras tentativas do Sporting em tentar pelo menos o tento de honra, que também não surgia com algum azar à mistura entre bolas no ferro e a embaterem com estrondo nas muralhas ‘blaugrana’ (Egurrola e a defesa). Nem de livre directo, desta feita com Tuco a apontar (João Pinto, a 56 segundos do fim, conseguiu quebrar essa resistência). E sempre, mas sempre, com a falange ‘leonina’ a apoiar a equipa. Antes do jogo, depois do jogo. Nos bons momentos, nos maus momentos. E agora o objectivo passa por assegurar, na Taça CERS, a possibilidade de voltar a disputar esta competição no próximo ano para quebrar o enguiço das quatro finais perdidas, três com os catalães.

2.ª mão da Taça Continental
Barcelona-Sporting, 5-1
Palau Blaugrana (Barcelona, Espanha)
Árbitros: Massimiliano Carmazzi e Ulderico Barbarisi (Itália)
Ao intervalo: 3-0

Barcelona: Egurrola (C); Gual, Panadero, Ordoñez e Pablo Álvarez. Jogaram ainda: Xavi Costa, Edu Lamas e Xavi Barroso
Treinador: Ricard Muñoz
Golos: Ordoñez (12’), Xavi Costa (19’), Lamas (22’), Gual (33’) e Panadero (42’)
Exclusões: nada a assinalar

Sporting: Ângelo Girão; Tuco, André Centeno, João Pinto e Cacau. Jogaram ainda: Ricardo Figueira (C), Tiago Losna, Luís Viana
Treinador: Nuno Lopes
Golos: João Pinto (50’)
Exclusões: Tuco (11’) e Tiago Losna (20’)

Como deixar a sexta lança na Catalunha?

Por Jornal Sporting
16 Out, 2015

Antevisão de Tuco e João Valente dos Santos ao jogo em Barcelona

Uma semana depois, tudo se vai multiplicar. Por um lado, os 700 e tal lugares do Livramento vão dar lugar às 7.000 e tal cadeiras do Palau Blaugrana; por outro, a ambição ‘leonina’, que já era muita, é hoje maior. E sempre a crescer. A primeira mão da Taça Continental provou que a equipa de hóquei em patins trata o impossível por tu, olhos nos olhos, e desafia o inantigível com uma qualidade colectiva que consegue abafar o brilhantismo individual de alguns dos melhores jogadores do Mundo. Falta agora o capítulo final de mais um pedaço de história que vai ainda a meio: como conseguirão os comandados de Nuno Lopes colocar a sexta lança na Catalunha, depois dos triunfos alcançados pelo Sporting nessa região com Vilanova (6-3, 1977), Voltregá (6-3, 1984), Noia (4-1, 1984), Igualada (3-2, 2015) e Reus (4-3 nas grandes penalidades, 2015)?

“Os primeiros minutos de jogo serão muito importantes para percebermos como irão decorrer as coisas”, salienta Tuco, experiente defesa que reforçou a equipa na presente temporada e que conta no currículo com todos os títulos internacionais do hóquei em patins (uma Liga Europeia, uma Taça CERS, duas Taças Continentais e uma Taça Intercontinental). O argentino, de 35 anos, foi uma peça determinante no triunfo com os ‘blaugrana’ na primeira mão, apontando o segundo golo ‘verde e branco’ a três minutos do fim e carimbando não só uma vantagem de dois golos para a segunda partida como a maior vitória frente ao Barça (na outra, os ‘leões’ tinham ganho por... 1-0).

“Um dos segredos mais importantes deste Sporting é a força colectiva da nossa equipa. Temos um balneário muito bom e isso é bastante importante para alcançar o sucesso. Em termos de jogo, conseguimos defender muito bem o Barcelona, que é uma das melhores formações do Mundo, e saímos bem em transições e contra-ataques, tendo também boa capacidade nos tempos de ataque organizado”, comenta ainda a propósito da primeira mão, aproveitando a deixa para fazer o lançamento do segundo jogo. “Se conseguirmos manter estas características e se o resultado continuar em 0-0 durante algum tempo ou se conseguirmos marcar primeiro, o adversário vai ter de mudar a postura e devemos aproveitar esse facto para jogarmos como gostamos, de forma organizada na defesa e sempre a ver a possibilidade de sair rápido para o ataque tentando encontrar situações de superioridade numérica. Temos de ser fiéis ao nosso jogo e à nossa maneira de estar e manter sempre a calma e a concentração para conseguirmos ganhar outra Taça”, refere.

“Se o Barcelona tivesse ganho no Livramento, teríamos uma tarefa mais complicada, porque são fortes na gestão do resultado. Assim, a perder por dois golos, são obrigados a vir atrás da reviravolta, com tudo o que de bom e mau isso possa ter. Acredito que essa questão pode funcionar a nosso favor porque encaixamos bem contra equipas que se apresentam dessa forma mais ofensiva. Estamos preparados para o jogo e para sair de Barcelona com a vitória”, completa Tuco.

Segurar uma vantagem em Espanha após uma primeira mão em Lisboa não é fácil e trouxe quase tantas alegrias (quatro) como dissabores (três). Mas é num dos recintos mais consagrados do desporto espanhol, que já recebeu inúmeras fases finais de provas europeias das mais diversas modalidades – incluindo a final de hóquei em patins dos Jogos Olímpicos de 1992, que a Argentina venceu frente à Espanha –, que o Sporting vai lutar para garantir o único troféu europeu ainda em falta no seu currículo, após três finais perdidas. O encontro do Livramento provou que é possível. Porque é este o Sporting que se quer: a desafiar os seus limites, a bater o pé aos melhores e a mostrar que pode ganhar títulos.

Também João Valente dos Santos, membro da estrutura técnica do Clube, terá no sábado um dia especial, regressando a uma casa que conhece bem. “Dentro de um programa europeu que previa a inclusão de um estagiário no treino desportivo na condição de observador da equipa e dos trabalhos, estive lá a fazer um estágio profissional em 2006/07 com o Quim Paüls, actual seleccionador de Espanha. Foi bom porque acabei por ganhar lá também o meu espaço de intervenção e fiquei com ligações às pessoas. Percebi que o Barcelona conseguiu criar uma cultura desportiva que não é equiparável a ninguém, valorizando os activos, os seus jogadores, e a estrutura directiva altamente profissionalizada. É um clube com muitos recursos, com grande organização e com uma dinâmica um pouco à semelhança do que estamos a implementar no Sporting”, salienta o licenciado em Ciências do Desporto e Educação física, mestre em Treino Desportivo para Crianças e Jovens e em Gestão da Formação e Administração, e doutorado em Ciências do Desporto – Treino Desportivo, que fala também do ambiente que os ‘leões’ irão encontrar no Palau Blaugrana.

“Por norma, durante a temporada regular, os jogos não têm muitos adeptos. Neste caso, e tratando-se de uma final, reorganizaram-se para fazerem o jogo antes do futebol, por forma a atraírem mais gente. Mas não é um ambiente hostil mas sim de apoio, bom para qualquer jogador colocar em prática o que sabe de forma tranquila e motivadora”, comenta, acrescentando: “O Barcelona não está muitas vezes nesta situação. Têm um ‘defeito’, se o podemos dizer: a motivação. Ou seja, como têm grande qualidade, acham que conseguem sempre dar a volta porque surge sempre uma individualidade. No entanto, o Sporting tem argumentos suficientes para vencer a Taça. Não é normal o adversário ter terminado um jogo sem marcar e provavelmente não volta a acontecer mas isso mostra a dinâmica do nosso grupo, o bloco unido que é e a força que tem nas transições”.

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