O SPORTING CP viveu um dia grande no último sábado. Assembleia Geral do Clube desde as 9h00 até às 20h00. E – depois – jogo de futebol no Estádio José Alvalade, pelas 20h30, contra o Arouca, para o Campeonato Nacional.

Comecemos pelo jogo. Estádio muito bem composto, com mais de 36 mil pessoas a assistir ao “vivo e a cores”. Uma primeira parte personalizada, coroada com um oportuno e bonito golo do Gyökeres (que gigante!), desmarcando-se no timing certo e marcando num lance que até pareceu fácil, após excelente centro do Edwards. Estava feita essa parte difícil que é o “desbloquear” do jogo através da marcação do primeiro golo. Tudo apontava, aliás, para que o resultado pudesse crescer. Sucede que, então, o Sr. António Nobre, árbitro do encontro, resolveu dar “ares da sua graça” e começar a ser ele próprio o “actor” principal do jogo… vai daí – na sequência de um anterior “primeiro amarelo” a Diomande, muito discutível, num lance que podia e devia ter sido gerido de outra forma e sem punição para o nosso jogador! – resolveu literalmente “inventar” um “segundo amarelo” para o mesmo Diomande, que – assim – foi expulso do jogo ainda antes do final da primeira parte! Foi a maneira encontrada, de modo cirúrgico, para – impedindo a intervenção do VAR (pois não se tratou de “cartão encarnado” directo) – o Sporting ser claramente prejudicado, passando a jogar só com dez jogadores, com a sua defesa desequilibrada… tudo, no fundo, para potenciar um assomo do Arouca. E assim sucedeu! Na segunda parte o Arouca cresceu, o Sporting ajustou a equipa, passou a jogar sem Edwards (e que belo jogo estava a fazer!), amputando o seu jogo e a sua criatividade ofensiva, que saiu para dar lugar a Matheus Reis com o objectivo de equilibrar a nossa defesa. Mas sentiu-se que o jogo ia ser difícil, com o Arouca cada vez mais afoito… apoiado também nos critérios do árbitro, sobretudo disciplinares (nos primeiros 45 minutos o Sporting tinha cometido apenas três faltas… mas ainda assim o Sr. António Nobre conseguiu a proeza de nos mostrar quatro cartões… três amarelos e o encarnado para o Diomande! É obra… arrisco até a dizer que seja recorde mundial!). Sofremos, nesta sequência, o empate… mas no Estádio assumiu-se a injustiça do que se estava a passar e a nossa equipa, sempre com critério, lutou com raça para voltar a marcar, apoiada numas bancadas que regurgitavam de Sportinguismo e de palavras e cânticos para potenciarem a vitória do Sporting! E assim sucedeu, arrancada soberba do Pote pela esquerda, centro milimétrico e entrada fulgurante do Morita para o segundo golo, o da nossa vitória! Um jogo bem ganho! Três pontos merecidíssimos! E uma péssima arbitragem do Sr. António Nobre… mais um a justificar descaradamente a razão pela qual não há árbitros portugueses nas fases finais de todas as provas de primeiro nível da UEFA e da FIFA! Em Portugal – no que ao futebol diz respeito – temos do melhor do mundo quanto a jogadores, treinadores, equipas técnicas, médicos… mas quanto a árbitros estamos a “anos luz” dos mínimos exigidos! É triste…, mas é o corolário da podridão e dos compadrios a que lamentavelmente assistimos há décadas! Pára agora o Campeonato ao fim de oito jornadas e o SPORTING está no comando isolado do mesmo… ainda bem! E que – no regresso daqui a umas semanas − assim continuemos!

Agora a Assembleia Geral. Os pontos da Ordem de Trabalhos sobre as contas, a denominação da Porta 7 com o nome do nosso CR7 e a venda de imóvel em Benavente para o Núcleo do Sporting dessa localidade foram todos aprovados por amplas e claras maiorias. O ponto sobre o voto electrónico à distância (o dito “voto universal”) mereceu uma larga aprovação de cerca de 70% dos votos e dos Sócios que compareceram na Assembleia. Mas – ainda assim − essa percentagem não atingiu os necessários 75% para viabilizar a alteração estatutária proposta aos Sócios do SCP. Ou seja, a alteração estatutária não foi aprovada, por não ter atingido os requisitos de “maioria qualificada” definidos nos estatutos do SPORTING e na lei do nosso país. Foi pena. O assunto ficou como que a modos de “empatado”. Uma maioria de Sócios quer essa mudança, mas não atingiu os “valores de maioria necessários” para esse efeito. Mas – como o presidente Frederico Varandas já anunciou – o tema não fica esquecido. Os cerca de 70% de votos e votantes favoráveis à mudança são muito significativos e merecem ser considerados. O tema fica, pois, neste momento, sem imediata sequência, como que “empatado”, mas – na verdade − em aberto. Sendo que o debate já iniciado permite também o continuar de uma nova fase, de discussão mais ampla e de aprofundamento das matérias e questões que estão em causa para maior esclarecimento dos Sócios. E consequente mobilização dos mesmos! É que – presumo eu − estando seguramente no Estádio mais de 30 mil Sócios com capacidade de voto, há também que reflectir como é que só pouco mais de 10% desse número foi votar na Assembleia Geral… que até pouco antes do início do jogo esteve a funcionar ao lado, no Pavilhão João Rocha. O SPORTING − sendo de Portugal, como é − merece que este assunto seja encarado de frente pelos seus Sócios, desde logo através de uma participação significativa dos mesmos em futura Assembleia que venha a ser convocada para se reapreciar esta matéria. Continuemos, pois, o debate do tema! Porque o SPORTING é dos seus Sócios! De todos os seus Sócios! Estejam eles onde estiverem!

VIVA O SPORTING CLUBE DE PORTUGAL!!!

Afirmei aqui neste espaço, na passada edição, que era favorável à introdução do "Voto Universal". Via até nele uma extraordinária evolução, e se digo desde sempre que o Sporting CP não é só de Lisboa, a oportunidade que as novas tecnologias proporcionam quanto ao voto electrónico, seriam de todo determinantes para alterar o actual paradigma e permitir o voto a um muito maior universo de Leões espalhados pelo país e pelo estrangeiro. Para isso, estatutariamente, era obrigatório ter uma maioria qualificada de 75 por cento dos votantes. Foram 71,71 por cento os que disseram "sim" a esta proposta. Quis a democracia que os cerca de 29 por cento dos Associados que votaram "não" inviabilizassem a aprovação. E num clube que tem toda uma história pautada por ser de cariz democrático, e de ter uma enorme pluralidade de opiniões, todos os votos contam.
 
Foi mesmo este o único dos quatro pontos colocados a votação, a não ser aprovado. O outro que aqui neste espaço defendi − até fervorosamente, a atribuição da "Porta 7" a Cristiano Ronaldo, foi para meu gáudio pessoal, bem como para outros, esmagadoramente aprovado, e assim o melhor de todos os tempos vai abrilhantar ainda mais com o seu nome numa das doze portas, o fantasticamente renovado Estádio José Alvalade. Também o Relatório e Contas e a venda de um imóvel do Clube em Benavente, foram aprovados por larga margem.

A pluralidade de opiniões, repito, porque também eu estou nos antípodas do "porque sim", é respeitável e salutar. E não existem Sportinguistas melhores ou piores, em função da sua opinião. Existem apenas Sportinguistas.

Onde já não admito divergências de opinião, porque aí temos que ser unos e indivisíveis, é no apoio ao Sporting CP. Do Estádio ao Pavilhão, ou onde estiver o nosso símbolo, não podemos regatear esforços. E assim o temos feito. Se dúvidas houvessem, basta ter estado atento ao "vulcão" que a recepção ao FC Arouca se tornou. Tão determinante no empurrão para a vitória. Quando chegou a adversidade, primeiro com a injusta expulsão de Ousmane Diomande, ainda no primeiro tempo, e quase acto contínuo com a igualdade conseguida pelos homens de Arouca logo no início da segunda parte, ouviu-se bem alto o rugido do Leão vindo das bancadas. Tão importante ele foi na manutenção do primeiro lugar ao fim de oito jornadas. Ainda é cedo para entrar em euforias. Mas sendo o futebol o momento, este momento, e estou seguro os vindouros, serão de continuidade desta fantástica empatia. Agora a próxima "batalha", por interrupção para as selecções − onde Pedro Gonçalves, Nuno Santos e Paulinho continuam inexplicavelmente proscritos pelo senhor Roberto Martínez, está marcada para dia 21 de Outubro e é para a Taça de Portugal ante o Olivais e Moscavide, na Reboleira. Terá que ser com respeito e sem facilitar, que o caminho da continuidade na prova será alcançado. Temos um Leão vivo e em primeiro lugar no futebol, e com as modalidades de pavilhão em condições de nos proporcionar igualmente alegrias.

Por isso sempre, em que circunstância for achando eu que deveria ter sido aprovado o voto electrónico, pela razão que sucintamente expliquei acima, em primeiro lugar está o Sporting Clube de Portugal. Que é de todos nós e que tem uma expressão universal incrível. E em que todas as opiniões, sejam elas verbais, ou expressas em urna, contam. Desde 1906, com direito a ter opinião.

Em primeiro lugar, o Sporting Clube de Portugal! Com sensivelmente um quinto do campeonato decorrido, seguimos na frente com um ponto de vantagem sobre o SL Benfica e com três de distância para o FC Porto, os nossos imediatos perseguidores. Diferenças escassas, mas que deixam ver algo mais. O Sporting CP é a única equipa que ainda não perdeu na competição, com seis vitórias e um empate, e é a segunda equipa do campeonato com melhor saldo de golos marcados e sofridos. Já jogámos fora com o SC Braga, no único desafio em que perdemos pontos, e também com SC Farense, uma deslocação que no passado era difícil e, pelos vistos, assim continua. Gyökeres segue como o terceiro melhor marcador e Paulinho como o quarto, com seis e cinco golos cada.

Ao contrário da época passada, temos sabido não deixar fugir as vitórias: estando empatados, marcámos os golos da vitória na segunda parte dos jogos contra o FC Vizela, o Casa Pia AC, o FC Famalicão, o SC Farense e o FC Arouca. Muitos dirão que se trata da prova de uma superior condição anímica. Talvez seja uma parte da verdade. Mas as explicações mais simples são quase sempre as mais certeiras. O Sporting CP joga um futebol mais contínuo e ligado ao ataque. Sobretudo ligado a Gyökeres. O incrível sueco veio revolucionar o jogo da equipa criando linhas de passe e recuperações que não eram imagináveis antes da sua chegada. O sempre interessante GoalPoint dá conta disso mesmo: Gyökeres é líder nas principais ligas europeias em passes progressivos recebidos. Estes passes são os que permitem à equipa encurtar em posse a distância original face à baliza contrária em +25% da distância original no momento do passe. Ou seja, permitem desenvolver e muito o jogo. E quantas vezes não vimos já o possante nórdico a receber e a galgar terreno um pouco por todo o lado?  Não é certamente por acaso que foi eleito o melhor jogador da Liga em Agosto e Setembro. Um atleta excepcional que, estou certo, fará História no Sporting CP.

Mas a equipa não é só Gyökeres. Paulinho tem aprimorado a sua relação com a baliza, como os cinco golos marcados demonstram. Gonçalo Inácio tem-se assumido cada vez mais como um central imponente e com um pé esquerdo capaz de primorosos passes de meia distância. Diomande revela todo o seu imenso potencial, sendo considerado o melhor defesa da Liga em setembro. Morita tem defendido mais e feito algumas incursões ofensivas, marcando até o golo da vitória contra o FC Arouca. Edwards e Pote vão subindo de forma, com pormenores cada vez mais artisticamente deliciosos. E Catamo vai fazendo o seu caminho.

O campeonato regressa no final do mês, com uma deslocação ao Bessa para defrontar o Boavista FC. Será mais um jogo que exigirá o máximo compromisso da equipa e em que vamos dar tudo como temos dado.

Editorial da edição n.º 3945 do Jornal Sporting

Na Assembleia Geral do passado domingo, dia 8 Outubro de 2023, dos 3771 Sócios que votaram, sete em cada dez votaram a favor da medida proposta pelo Conselho Directivo de alteração dos estatutos para se poder votar electronicamente à distância.

Na condição de Presidente do Clube considero que é da mais crítica relevância para o futuro do Sporting CP uma reflexão, e consequente mobilização, do universo Leonino sobre os resultados em causa.

O primeiro ponto de reflexão é sobre o facto de o universo de 3771 Sócios que votou representar menos de 4% de todos os Sócios que podem exercer o seu direito.

O segundo é que se torna evidente que, com o sistema de votação vigente, essa minoria de 1% dos Sócios sabe que se transforma em 30%, ou mais, consoante a habitual fraquíssima participação eleitoral.

Queremos que uma minoria de 600, 800 Sócios continue a decidir por mais de 100 000 Sócios com poder de voto? No dia em que o voto seja Universal, nunca mais um grupo qualquer consegue controlar ou condicionar uma Assembleia.

No dia que houver voto electrónico à distância o poder fica realmente disperso e descentralizado por todos os Sócios do Sporting CP, e nunca mais por grupos minoritários. Este é que é o verdadeiro cerne da questão do voto electrónico. O poder que uma minoria não quer perder para continuar a condicionar uma maioria.

Aceitaremos sempre os resultados, sejam eles quais forem, mas decidamos todos.
Desde 2017 que as que eleições nesse ano, em 2018 e 2022 foram realizadas com voto electrónico, sendo o processo de contagem de votos 100% digital e auditado por uma empresa externa ao Clube.

A possibilidade de voto electrónico à distância é a única que permite efectivamente darmos mais um passo à frente, fundamental para que o voto seja Universal.

Os 70% que votaram a favor não foram suficientes para cumprir a maioria de 75% exigida pelos estatutos. Cumpriremos sempre os estatutos, assim como o sentido de votação expresso pela maioria.  

Haverá novo dia, mas de pouco valerá se os Sócios abdicarem de exercer o seu principal direito: participar, decidir… votar.

Ouço desde sempre, até por ser uma verdade indesmentível, que um clube que não tem memória não tem História. E se existe facto que ninguém pode desmentir, nem mesmo os mais fervorosos adeptos dos nossos rivais é que o Sporting Clube de Portugal tem uma História, do futebol às modalidades, feita por grandes e incontornáveis figuras do desporto português e internacional, recheada de conquistas. 

Tão grande, que sempre que um Conselho Directivo, seja ele qual for ao longo dos tempos, decide atribuir algo que faça imortalizar determinada referência do universo Leonino, raras são as decisões que são consensuais. Porque na realidade é tão vasto o leque de possíveis escolhas, derivada dessa mesma História, que merece sempre discussão o porquê de ser para este e não para aquele a distinção. E tudo isso é legítimo. Porque a dificuldade da escolha é sempre latente. Mas são os associados, invariavelmente, que tomam as decisões em Assembleia Geral. 

E aí, para que possamos ser mais a decidir e a participar, felizmente que está em aberto a alteração estatutária que deverá levar, na próxima AG do dia 8 de Outubro, ao caminho do Voto Universal, na lógica de que somos muito mais que um clube de Lisboa... somos sim uma Instituição com uma expressão planetária e temos que ser "nós", independentemente do local onde estamos inseridos, que poderemos decidir o futuro do Clube, aproveitando as novas tecnologias de um Sporting CP que está cada vez mais modernizado e adaptado aos novos tempos.  

E se Cristiano Ronaldo já tem o nome da nossa Academia − aquela que tem formado a nata do futebol europeu e mundial, o facto do Estádio José Alvalade estar a ser alvo de uma profunda remodelação no seu interior e exterior e a fazer crescer o número de portas, que passam de sete para doze, onde já constam os nomes de Vítor Damas, Hilário da Conceição, Francisco Stromp, Hector Yazalde, Cinco Violinos, Rui Jordão e Manuel Fernandes, todos eles figuras incontornáveis do nosso Sporting Clube de Portugal, também na próxima AG vai estar a votação a atribuição da Porta 7 do nosso Estádio a Cristiano Ronaldo.

E eu, que infelizmente não poderei estar presente no próximo domingo em Lisboa, na minha condição de Associado com o número 3475-0, faço desde já a declaração daquilo que seriam os meus onze votos. Votaria "Sim" ao Voto Universal e à atribuição da Porta 7 ao melhor jogador português e quiçá − alguns milhões espalhados pelo Mundo acham que sim − mundial de todos os tempos. Eu, que tive a oportunidade e o privilégio de o ver crescer pelos corredores de Alvalade, ainda no antigo Estádio, posso dizer que sou um incondicional fã de Cristiano Ronaldo. Subiu a corda da vida a pulso, aquele menino que aos 11 anos aterrou em Alvalade vindo da ilha da Madeira, e se transformou no melhor de sempre. Podem perguntar os mais cépticos: "Mas que fez ele pelo Clube para merecer este tratamento?". Respeitando todos aqueles que não pensam como eu, porque me habituei a viver em democracia e detesto autocracias, respondo: Basta olhar para o sucesso do terceiro equipamento desta época associado ao seu nome, que bateu todos os recordes de vendas, num sucesso verdadeiramente estrondoso, para ver o peso que a associação CR7 versus Sporting CP tem aos dias de hoje, e seguramente também no futuro. O melhor de todos os tempos tem o cunho "Made in Alvalade". E que cunho. Percorre os quatro cantos do Mundo. É "nosso". 

Por isso, apesar das diferenças do que está em equação, digo "Siii" a ambas as propostas que aqui referi e que estarão em votação na Assembleia Geral do próximo domingo no Pavilhão João Rocha. 

PS 1 − A onda verde voltou a dizer presente em Faro. Sobretudo nos momentos difíceis do jogo, os muitos Sportinguistas presentes foram tão determinantes no apoio que nos levaria à vitória. Hoje com a Atalanta BC, e no próximo domingo ante o FC Arouca, terá que ser de continuidade. Todos juntos, rumo às vitórias.

PS 2 − As modalidades tiveram um passado fim-de-semana de muitas vitórias. Que venham mais assim.

Só um Clube centenário e ecléctico como o Sporting Clube de Portugal poderia dar-nos um dia como o último sábado. Ganhar podemos ganhar sempre. Mas vencer com esforço, dedicação e devoção em tantos campos e pavilhões terá sempre um sabor especial. Sobretudo quando algumas dessas vitórias revelam atletas formados no Sporting CP ou jogadores que se transcendem com a nossa camisola.

Comecemos pelo futsal. Os Tricampeões Nacionais receberam uma ADCR Caxinas muito motivada pela recente vitória perante o SL Benfica. Os visitantes talvez não contassem era com uma primeira parte de luxo da nossa equipa que chegou com naturalidade aos cinco golos sem resposta.

Destaque para os nossos jovens Hugo Neves, Tiago Macedo e Diogo Santos, que marcaram e demonstraram que a formação de futsal no Sporting CP irá continuar a revelar jogadores de futuro. Na segunda parte, já a controlar o jogo, sofremos dois golos e fechou-se o resultado em 5-2. No basquetebol, um jogo sempre difícil no reduto da Ovarense. Conseguimos derrotar a equipa vareira por 85-81. Tendo em conta que apenas três jogadores do plantel da época passada estão a jogar na presente época, foi entusiasmante ver o reforço Mike Moore em acção, com 21 pontos e sete ressaltos. Uma vitória que demonstra muito trabalho com um plantel quase feito de raiz. 

Segue-se o hóquei em patins. No primeiro jogo do campeonato, coube-nos visitar a Juventude Pacense. Tóni Perez com dois golos, Verona com outros dois e Platero fizeram o 0-5 final. Uma boa entrada na competição, sem facilitar. Ainda dentro de pavilhões, fizemos um dos melhores jogos de andebol dos últimos anos, ao receber o Águas Santas e ganhar de forma expressiva por 35-18. Os 17 golos de diferença dizem bem da superioridade Leonina face a uma equipa que ainda não tinha perdido e que costuma provocar calafrios às equipas candidatas ao título. Se marcar golos não tem sido difícil, a eficácia defensiva obtida neste desafio foi assinalável, com o guarda-redes Kristensen em grande forma. A forma solidária como joga esta equipa e a profundidade de soluções do plantel prometem uma época emocionante. Por fim, mas de forma alguma menos importante, em futebol visitámos o SC Farense e vencemos, com inteira justiça, por 3-2. Num jogo muito agitado, soubemos encontrar o caminho certo para a baliza adversária, nunca desistindo de ir buscar os três pontos ao Algarve, o que foi bastante dificultado por um conjunto algarvio aguerrido.         

Um verdadeiro sábado à Sporting CP, com vitórias de Norte a Sul, e que nos deixou líderes nestes cinco campeonatos. Não é só para mais tarde recordar, é continuar a tentar repetir! 

No passado sábado fomos a Faro para um jogo difícil contra o SC Farense, a nossa segunda filial mais antiga. Não se julgue que, por isso, o jogo ia ser mais fácil… pois, nunca é, com quaisquer equipas das nossas filiais, núcleos ou delegações nunca é mesmo! E ainda bem!

Ainda assim, o SCP começa bem, ganha vantagem de dois golos, o SC Farense vê-se reduzido a dez jogadores e pela meia hora de jogo parecia que iríamos, afinal, ter uma hora final de partida em modo “estival”… contudo, nada de mais errado!

Com efeito, logo a seguir ao nosso segundo golo, o SC Farense reduz pelo nosso antigo jogador Mattheus Oliveira (que fez o jogo da sua vida, mostrando o que nunca mostrou em Alvalade!) e na segunda parte, ainda antes da hora de jogo, empata mesmo a partida, sempre através do mesmo jogador, sempre de livre directo (inexistente no segundo caso, não há falta nenhuma do Nuno Santos!).

Foi preciso o SCP “dar ao pedal” para tentar novamente ganhar vantagem. E − já em cima dos 90 minutos − conseguimos esse objectivo com o segundo golo de Gyökeres na partida, obtido através da conversão de indiscutível penálti (somente mentes toldadas por primário “antisportinguismo” podem elaborar em contrário!).

De referir, ainda, que desta feita o árbitro Luís Godinho me surpreendeu… a mim e certamente a todos os Sportinguistas! É que coincido na análise de quase todos os lances mais polémicos e discutidos do jogo: o primeiro penálti é indiscutivelmente bem assinalado, o jogador do SC Farense bem expulso, o nosso segundo penálti é claro (e um clássico!) pois foi Zé Luís que deixou propositadamente a sua perna esquerda para trás, de modo a provocar a queda de Edwards que tem a posse de bola! Sendo que ficou, ainda, um terceiro penálti a nosso favor (que, na altura, seria o segundo) por marcar, ao findar a primeira parte, no empurrão que Edwards sofreu bem dentro da grande área (confundir este empurrão com “carga de ombros” é pura e simplesmente não conhecer o corpo humano… designadamente as costas e os braços… e, por consequência, torturar de modo bárbaro as regras do futebol!).

Ou seja, no final de um jogo que parecia fácil e que se foi complicando, ganhámos na raça e acabámos por regressar a Lisboa com o mais importante: os três pontos da indiscutível e inquestionável justa vitória! Apesar disso, as “baterias do poder bicolor” soltaram-se e bem nos quiseram zurzir… coitados, nem isso conseguiram, porque à luz das “Regras do Futebol - FIFA” é manifesto que o SCP ganha licitamente o jogo de Faro!

Importante salientar também que neste momento, com sete jornadas disputadas, estamos isolados na liderança do Campeonato! E assim queremos continuar! Força, Sporting!

VOTO UNIVERSAL

É já neste domingo a importante Assembleia Geral do nosso Clube para decidir a alteração estatutária que permita (ou não) o voto electrónico à distância. Já escrevi sobre o tema na semana passada, defendendo o que penso e a aprovação dessa medida pelos Sócios do SCP.

Tenho, no entretanto, lido vários comentários sobre a medida em causa, uns − como eu − defendendo a mesma, outros manifestando a sua posição divergente, em vários graus (uns querendo recusar a mesma, outros só pretendendo postergar a mesma, outros ainda com vários matizes quanto à sua melhor configuração).

Resta-me um último comentário: não percebo a não aprovação de uma medida, que nos projecta enquanto clube para o futuro, para a liderança também nesta área, permitindo o “abolir de fronteiras” para quem está fora de Lisboa. No fundo abrindo mesmo o Clube aos Sócios… porque o SCP é mesmo dos seus Sócios! Remar contra a aprovação da medida com base em possíveis fraudes é esquecer que tal significa a manutenção da situação actual, um modelo de voto presencial/voto manual. E esquecer que nesse modelo já houve efectivamente, noutras latitudes e em diferentes envolventes e até momentos históricos, muita adulteração de resultados eleitorais. Não se passou − que eu tenha conhecimento − no nosso Clube, mas sucedeu. Não devemos, pois, erigir um sistema (o actual) como o bom e sem riscos e o novo sistema do Voto Universal, como agora proposto, como aquele que é o único que tem riscos! Tanto mais que o que se pretende e é proposto é − como não podia deixar de ser! − termos um sistema sério, transparente, com organização de entidade credível e independente e − obviamente − para ser devidamente auditado por outra reconhecida entidade habilitada para o efeito. Vamos, pois, ganhar o futuro e dar o SCP aos seus Sócios… a todos os seus Sócios!

VIVA O SPORTING CLUBE DE PORTUGAL!!

Editorial da edição n.º 3944 do Jornal Sporting

Mobilizar *

(mo·bi·li·zar)

Verbo transitivo e pronominal. Pôr em movimento, em acção ou em uso (mover, movimentar, activar, envolver). Incitar à participação (motivar, impulsionar).

VOTO UNIVERSAL

Dia 8 de Outubro será um importante dia de decisão para o futuro do Sporting CP.

A mobilização de todos os nossos Sócios fará a diferença.

Queremos um Clube onde todos podem participar exercendo o seu direito de voto, sem barreiras?

Está nas mãos de cada um o poder de decidir e o dever de contribuir para que no futuro todos participem de forma activa na vida do Clube. Os nossos Sócios são o verdadeiro património do Sporting CP.

Queremos um Clube de Portugal, com escala global?

O que fazemos no presente terá implicações no futuro. É, por isso, fundamental uma participação activa nas decisões que vão ditar o rumo e a dimensão de uma instituição com mais de 117 anos de História.

RESULTADOS POSITIVOS

Nesta edição do Jornal Sporting encontramos uma infografia com os quatro pontos em votação e apreciação na Assembleia Geral e uma síntese do Relatório e Contas do Clube 2022/2023. Uma época onde assistimos à conquista de inúmeras vitórias desportivas nas mais diversas modalidades e na qual se registou um novo recorde de receita de quotização e de inscrições nas modalidades, atingindo o maior número de Sócios pagantes e de praticantes da História.

Resultados positivos e que demonstram um crescimento sustentado possível através da criação de valor a longo prazo.

O Sporting Clube de Portugal acredita na mobilização dos seus Sócios.

No domingo, todos os votos contam!

*mobilizar, in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa, 2008-2023.

Editorial da edição n.º 3943 do Jornal Sporting

Viajemos até ao ano de 1988 para recordar o primeiro e célebre anúncio da Era “Just Do It” da Nike. Walt Stack, de 80 anos, corre pela Golden Gate Bridge enquanto fala sobre a sua corrida diária de cerca de 27kms.

Stack, um ícone da comunidade de corrida de San Francisco, mostra ao mundo que correr não tem idade, é tudo uma questão de atitude.

Regressemos a 2023. Armando Aldegalega é o nosso Walt Stack. Um exemplo de determinação e superação que lhe confere o estatuto de Lenda do atletismo do Sporting Clube de Portugal.

No ano em que completa o seu 86.º aniversário continua a ser uma fonte de inspiração para muitos atletas. Envergou o Leão ao peito em 1956, e com uma carreira longa e de sucesso com dezenas de títulos conquistados, mantém uma capacidade física invejável e não dispensa os treinos diários porque o atletismo é a sua paixão.

No último fim-de-semana teceu rasgados elogios aos atletas Leoninos que escreveram mais uma página na História do atletismo do Sporting Clube de Portugal: “Foi uma jornada de grande valor e que fica para a História. Vamos continuar com o trabalho magnífico que temos vindo a fazer”.

Parabéns aos nossos atletas pelos pódios conquistados nos Campeonatos Nacionais de Estrada em destaque na capa desta edição do Jornal Sporting.

Destaco ainda a entrevista de João Palma, presidente da Mesa da Assembleia Geral do Clube, onde foram abordados, entre outros temas, a importância da introdução do Voto Universal. Um ponto que estará em apreciação e votação na próxima Assembleia Geral, dia 8 de Outubro. Um tema de extrema relevância para o Clube e para os Sócios.

É importante que os milhares de Sócios Sportinguistas espalhados por Portugal e pelo Mundo possam participar activamente na vida do Sporting Clube de Portugal.

Saudações Leoninas!

Escrevi no título da minha anterior coluna de opinião, que o Sporting CP vive um momento de 'perfeita comunhão'. Passou uma semana e essa realidade continua a ser clara e notória. A deslocação que se previa difícil, até por todo o historial passado naquele país, mas que acabou vitoriosa da equipa de futebol à Áustria, frente ao Sturm Graz, para a UEFA Europa League, aliada à vitória ante o Rio Ave FC em Alvalade, consubstancia um momento muito bom, que todos queremos que seja de continuidade. O jogo a jogo − o próximo é já no sábado em Faro − tem que continuar a ser o mote. A nossa presença massiva no apoio terá que continuar. Pode até parecer repetitivo falar aqui constantemente na tal onda verde. Mas ela existe e terá que ser às cavalitas dessa onda que os rapazes de verde e branco, do futebol às modalidades, se sentirão confortáveis e respaldados na sua zona de conforto. Ancorados num imenso rugido do Leão. Um rugido que tem que ter continuidade.

E por falar em rugido, ele aconteceu na manhã do passado domingo, com a cidade de Viana do Castelo como palco. E foi um rugido feito de conquista, por parte de uma modalidade que tantas e tantas conquistas nos tem dado. As vitórias masculina e feminina, e ainda o título individual de Hélio Gomes no Campeonato Nacional de Estrada, culminou uma época de sucesso do nosso atletismo. Agora é trabalhar a próxima época. O caminho faz-se caminhando, e nesta modalidade não tem limites, diz a história. Também vitorioso foi o fim-de-semana para as modalidades de pavilhão, com as vitórias do andebol, do basquetebol e do futsal, e com boas indicações do voleibol, tanto no masculino como no feminino, na disputa da Taça Ibérica. Para sábado está previsto o arranque do hóquei em patins. Não é exagero algum dizer que o Sporting CP está extraordinariamente competitivo em todas as modalidades. Acreditar em êxitos é perfeitamente possível.    

Para o fim, porque nem tudo é feito só de conquistas e de momentos bons, fica um momento que não quereria nunca escrever neste espaço. Mas porque ele não merece apenas uma pequena nota de rodapé, mas tem sim uma História que não se apagará jamais de todos os que comungam desta imensa paixão pelo nosso Clube, não podia deixar passar estas linhas sem me despedir e agradecer a quem nos fez tão feliz e tanto nos marcou. 

Falo obviamente de Diego Cavinato. Na passada semana caiu que nem uma bomba no universo Leonino, e não só, a rescisão por mútuo acordo, por ter caído nas malhas do doping. Tantos troféus nacionais e internacionais depois, eis que no melhor pano caiu a nódoa. 

Chamou a ele o erro, como só os grandes o fazem dentro e fora das quadras.

Revelador de um ser humano que aos 38 anos, e com a carreira a caminhar para o fim, merecia uma saída apoteótica de Alvalade. Não aconteceu, o destino assim não o quis. Uma certeza, porém, Diego Cavinato será sempre, e para sempre, um de nós. Agora, tem uma vida pela frente. Para ser feliz com a sua família e amigos, como foi nos anos que andou de Leão ao peito e aprendeu a amar o nosso Sporting CP. Obrigado, Cavi. Obrigado por tudo durante estes oito anos fantásticos. 

Quem nunca errou, que atire a primeira pedra.